De João Pessoa a Cajazeiras, do Litoral ao Sertão, as eleições na Paraíba sempre têm um capítulo à parte no que diz respeito aos nomes dos candidatos. E em 2020 não será diferente. Em uma passagem pela lista de registro de candidatura dos candidatos a vereador por toda a Paraíba, foi possível encontrar diversos nomes exóticos, sejam apelidos, profissões, ou como são conhecidos em suas respectivas cidades. Os candidatos registram seus nomes como se fossem escritos em uma agenda de telefone celular, mas que aparecerão na urna do eleitor.
Esses nomes não são apenas parte do ludismo no processo eleitoral. Eles podem muito bem angariar mais votos ao candidato, já que utilizando o nome de seu “personagem”, a chance de chamar mais a atenção ou de entrar na memória daquele eleitor mais indeciso, é maior.
Em uma lista com 8.488 candidatos a vereador até o fechamento desta matéria, a relação dos nomes exóticos não é pequena. Veja exemplos.
Na grande maioria dos casos, os nomes exóticos registrados nas urnas não têm muita relação com seus nomes de nascença. São os casos de Welitom Correia de Sousa, o “Tintim”; Francisco Railton Neves Pontes, o “Pepeta”; Sílvio Lima de Brito, o “Xuxu”; Cícero Rodrigues da Silva, o “Buchada”; José Felindo de Souza, “Pelé”; entre outros.
Os nomes mais comuns talvez sejam os candidatos que são mais conhecidos por um parente ou conhecido da cidade. Nesta categoria temos José Ribamar Nonato de Souza, o “Riba de Tia Creuza”; Ednalva Severino de Oliveira, a “Nalva de São Marcos”, entre vários outros.
Há casos ainda que apenas uma referência não é suficiente, e então o candidato é referência da pessoa X que é referência da pessoa Y. São os casos de Carla da Silva Fernandes, registrada como “Carla de Zé de Moacir” ou José Claudino de Andrade, registrado como “Dedé de Zé de Lica”, por exemplo.
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Também há muitos exemplos daqueles ligados pela profissão. Casos de Jorge Luiz Araújo Santos, o “Jorjão da Zumba”; Eudes Félix de Sousa, o “Dindinha Cantor”; Ginaldo do Nascimento Mousinho, “O poeta”; Marcone Martins de Araújo, o “Palhaço Baba Baby”; Edvaldo Rodrigues de Lima, o “Palhaço Magal”; Ritche de Lima Nunes, “Zica Motos”; Johnnaty Barros de Oliveira, “Din Din Locutor”; Ângelo Cândido Pereira Filho, o “Anjinho da Van”; dentre outros.
Contudo, os mais exóticos e diferenciados são aqueles onde não é possível encontrar uma referência clara. São os casos de Eriosman Alves da Silva, que se registrou como “Manzinha Mandrak”; Francisco Pereira Sobrinho, o “Naldin de Sinin”; Lindomar Ribeiro de Lima, o “Cabeludo Som”; João de Freitas Oliveira, o “Caboré da Lança”; Severino Ferreira Neto, o “Popay” (talvez a referência mais clara desta lista, em alusão ao personagem de desenho animado Popeye); Cícero Romão Batista, o “Moreno Cigano”; e Ortílio Silva da Silva “Machudo”.
Ainda mais nomes nessa categoria de “inexplicáveis”, temos Francisco Tome de Lira, registrado na urna como “Pinga”; Carlos Pereira Leite Junior, registrado como “Koloral JR”; José Aguinaldo da Silva, o “Urtiga”; Marconi de Almeida Silva, o “Marconi Trippé”; Ubiratan Ferreira dos Santos, o “Manhoso da Capoeira”; Orlando Barros, o “Orlando Coroa Boy”; e Leandra Dias Santos, a “Leandra Diário d uma vencedora”.
Nesta semana, chamou a atenção na Paraíba a candidata de João Pessoa, Margareth Soares de Oliveira, que em uma clara intenção de conseguir votos de candidatos da ala conservadora, registrou seu nome na urna como “Bolsoreth”.
A lista não terminaria por aí. São uma variedade de nomes peculiares, que devem aumentar ainda mais, já que o prazo para registro de candidaturas se encerra neste sábado (26).
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba
