Manoel Júnior sinaliza rompimento com Luciano Cartaxo
Seria possível uma chapa com Maranhão (governador) e Manoel (senador)? Imagem da Internet
A família Ribeiro, que comanda o PP na Paraíba, não compareceu à festa de posse do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, como novo presidente do PV, neste sábado. Enivaldo, Aguinaldo e Daniella continuam “amuados” com o tratamento que vem recebendo de Cartaxo, Romero e Cássio. A ausência foi notada, mas já era esperada. O que chamou atenção mesmo, na solenidade no Sindicato dos Bancários, foi a falta de Manoel Júnior.
O vice-prefeito também não compareceu e isso não era esperado. O fato foi visto como um “aviso” do PSC, sob a batuta de Marcondes Gadelha, de que “nem tudo são flores no verde jardim das oposições”. Além de vice-prefeito e companheiro de Cartaxo, Manoel Júnior tem sido peça fundamental nas articulações políticas. Sua intervenção em várias ocasiões evitou a implosão definitiva no campo oposicionista. Tudo em defesa do projeto de Cartaxo.
Agora, vem sendo pago com a “moeda da ingratidão”. Primeiro foi a decisão inesperada do prefeito de não disputar o Governo do Estado. Fontes ligadas a Manoel Júnior garantem que havia um acordo, celebrado antes mesmo de sua indicação para a chapa, nas eleições de 2016, em que o prefeito renunciaria, abrindo espaço para o vice. Se havia, foi para o espaço.
Em seguida, Manoel foi indicado para a chapa das oposições como pré-candidato ao Senado federal, junto com Cássio, na famosa reunião de Brasília, desbancando ninguém menos que o atual senador Raimundo Lira (PSD). Parecia que, enfim, havia uma “luz no fim do túnel”. Mas, só parecia. Quem conhece a “Cartilha de Cartaxo” sabe que cumprir compromissos não é o seu forte.
Mal desembarcou de Brasília, no final de semana, o vice-prefeito se deparou com um noticiário de “indefinições” em relação à chapa, gerado inclusive pela decisão do PSD, de Rômulo Gouveia, de indicar Raimundo Lira, ele mesmo, pré-candidato ao Senado na chapa das oposições. Ou seja, o que foi acertado em Brasília ficou por lá mesmo, graças ao conhecido “jogo de cintura” do “prefeito do diálogo”.
O histórico, portanto, justifica perfeitamente a ausência de Manoel Júnior na festa de Cartaxo. Não por acaso, Lira aproveitou como pode o evento para se propagar como “segundo candidato” a senador, ao lado de Cássio e de Lucélio. Em momento algum lembrou ou foi lembrado de que o nome de Manoel Junior fazia parte do processo ainda indefinido.
Também não por acaso, aliados do vice-prefeito advogam a tese de que, se Luciano, Lucélio e Lira podem conversar com todas as forças políticas, incluindo o governador Ricardo Coutinho (PSB), ele também pode. E vão mais além: “Manoel pode – e deve – inclusive, conversar com o senador José Maranhão. Até porque os dois são adversários políticos, mas não inimigos pessoais. Aliás, há um clima de respeito mútuo pairando sobre o teto do MDB e do PSC, cenário que vem se consolidando nos últimos dias”, revelou um graduado defensor da candidatura de Manoel Júnior ao Senado.
Como diria Manoel Gaudêncio, “a política da Paraíba é mesmo dinâmica”(Vanderlan Farias)
Fonte: Vanderlan Farias
Créditos: Vanderlan Farias