Centrais sindicais, movimentos sociais e frentes populares convocam população para sair às ruas em defesa da democracia e contra processo de impeachment acatado pelo presidente da Câmara
Manifestações populares em defesa do mandato da presidenta Dilma Rousseff e pela cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acontecem nessa quarta-feira (16) em 22 estados, no “Dia nacional de mobilização em defesa da democracia”.
Os atos são organizados pelas centrais sindicais CUT, CTB, Intersindical, com apoio de movimentos como MST, MTST, UNE e Conem, além das Frentes Brasil Popular (FBP) e Povo sem Medo (FPsM).
Em São Paulo, as manifestações estão previstas para ter início às 17h, com concentração em frente ao vão livre do Museu de Arte Moderna (Masp) e caminhada até a Praça da República.
Em Brasília, terão início às 16h, com concentração no estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha, no Eixo Monumental, a pouco mais de três quilômetros do Congresso Nacional.
Estão agendados, ainda, atos nos estados de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.
Em nota encaminhada à Agência PT de Notícias, a CUT afirma que o ato é um protesto contra o retrocesso representado pela aceitação do pedido de impedimento da presidenta Dilma Rousseff pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-SP), no último dia 2.
Mas, ressalta a nota, quem responde a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro é o presidente da Câmara – e por isso o movimento também levanta a bandeira da imediata cassação de Cunha pelo Congresso Nacional.
Para a central, o encaminhamento favorável à abertura do processo foi uma “atitude vingativa” de Cunha, com apoio da oposição liderada pelo PSDB, que obteve apoio explícito do presidente da Câmara nas eleições em que Dilma derrotou Aécio Neves, no ano passado.
“Cunha tentou chantagear o governo e o PT. Não aceitaria o pedido de impeachment contra Dilma se os deputados do partido que fazem parte do Conselho de Ética não votassem pela aceitação do processo de cassação contra ele. Depois da resposta negativa (do PT), (Cunha) se vingou”, relata a nota.
Fonte: Agência Brasil