Manifestações em apoio à Petrobras e a Dilma reúnem milhares em 24 Estados e DF

Partidos, centrais sindicais, movimentos sociais e estudantes de pelo menos 24 Estados e DF participaram de manifestações pelo país nesta sexta-feira em apoio à Petrobras e à presidente Dilma. Apesar de direcionar críticas as medidas de ajuste fiscal adotadas pelo Planalto os manifestantes se declararam contra o impeachment.

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Partidos, centrais sindicais, movimentos sociais e estudantes de pelo menos 24 Estados e DF participaram de manifestações pelo país nesta sexta-feira em apoio à Petrobras e à presidente Dilma. Apesar de direcionar críticas as medidas de ajuste fiscal adotadas pelo Planalto os manifestantes se declararam contra o impeachment.

Mesmo sem a presença de grandes nomes do partido dos Trabalhadores ficou claro que uma das prioridades dos participantes era fazer um contraponto à manifestação anti-Dilma prevista para o domingo — embora isso não tenha sido exposto claramente nos materiais de divulgação. Dezenas de manifestantes usavam adesivos utilizados durante a campanhe eleitoral em apoio à presidente. Os protestos foram pacíficos em todos os Estados.

No Rio Grande do Sul, as manifestações se concentram no interior do Estado. Em Porto Alegre, protestos ocorreram na manhã de ontem. Com cartazes, bandeiras e faixas, os manifestantes de Caxias do Sul se posicionam contra o impeachment da presidente Dilma, pelo respeito à democracia e pela defesa da Petrobras. Além disso, pedem combate à corrupção, a democratização da mídia e o fim do financiamento de empresas nas campanhas eleitorais, entre outras reivindicações. Os manifestantes se reúnem na Praça Dante Alighieri, no centro da cidade, desde as 16h. Segundo os organizadores, cerca de 300 pessoas participaram da manifestação. A estimativa de público da Brigada Militar é de cerca de 150 pessoas.

No Sul do Estado, em Pelotas, manifestantes fizeram um protesto pacífico à tarde no Centro da cidade pelos direitos dos trabalhadores, pela reforma política e pela defesa da Petrobras. O ato começou às 15h e durou cerca de uma hora e meia. A Brigada Militar não soube informar quantas pessoas participaram. De acordo com os organizadores, entretanto, o número chegou a 250.

Confira como foram as manifestações em alguns Estados:

REGIÃO SUL

RIO GRANDE DO SUL: Manifestantes se reúnem na Praça Dante Alighieri, no centro de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. O ato é organizado pelo PCdoB, com apoio e participação de centrais sindicais, centros estudantis e movimentos sociais. Com cartazes e bandeiras, os manifestantes pedem a permanência da presidente Dilma Rousseff, a defesa da Petrobras, a defesa do pré-sal e, o respeito à democracia.

Em Pelotas, manifestantes fizeram um protesto pacífico no Centro da cidade da Região Sul do Rio Grande do Sul. O ato começou às 15h e durou cerca de uma hora e meia. O grupo se manifestou pelos direitos dos trabalhadores, pela reforma política e pela defesa da Petrobras. Segundo a prefeitura, cerca de 40 pessoas participaram. De acordo com os organizadores, foram 250.

PARANÁ: Manifestantes se reuniram na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, em frente à Universidade Federal do Paraná (UFPR). O ato teve início por volta das 17h e reuniu, de acordo com a organização, cerca de 1 mil pessoas. A Polícia Militar (PM) contabilizou 200 manifestantes.

SANTA CATARINA: O protesto foi contra a corrupção, a ditadura e pedia a reforma política através de uma reforma constituinte. Às 16h o grupo de manifestantes começou uma caminhada pelas ruas do centro de Florianópolis. A manifestação terminou por volta das 17h30 no Terminal Rita Maria, a rodoviária de Florianópolis. Conforme a CUT, o protesto elevou para 3 mil o número de participantes em Florianópolis. A PM contabilizou 300 participantes.

REGIÃO SUDESTE:

SÃO PAULO: Milhares de manifestantes ligados a CUT, MST e UNE e apoiadores em geral fecharam a Avenida Paulista e marcharam até a Praça da República sob chuva para condenar um eventual processo de impeachment – além de defender a Petrobras, direitos trabalhistas e a reforma política. Depois de quase três horas, a manifestação começou a se dispersar ao chegar à Praça da República, onde fica a Secretaria do Estado de Educação. A CUT estima que 100 mil pessoas tenham participado do ato em São Paulo. Para a PM a estimativa é de que 12 mil manifestantes tenham participado dos atos na Avenida Paulista.

ESPÍRITO SANTO: Grupos que participaram do “Ato Nacional em Defesa da Petrobras e da Democracia no Brasil” se concentraram em frente à Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Seguiram pela Avenida Fernando Ferrari, em Vitória, até a sede da Petrobras, na Avenida Reta da Penha. O movimento reuniu 300 participantes, segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública. A manifestação terminou às 19h15m. Não houve confusão.

MINAS GERAIS: Com pintura no rosto e usando nariz de palhaço, manifestantes seguiram em passeata pelo centro de Belo Horizonte.Segundo a organização do ato realizado, cerca de 1 mil pessoas estiveram presentes na manifestação. Já a Polícia Militar (PM), informou que o protesto reunia cerca de 200 manifestantes. Políticos do PT e do PCdoB discursam em carro de som na Praça Afonso Arinos, onde ocorre a concentração do protesto em BH. Eles defenderam a legitimidade das últimas eleições e se posicionaram a favor da Petrobras e da reforma política. Estudantes que participam do protesto entoaram que “não vai ter golpe” e defenderam a presidente Dilma Rousseff, cantando “Dilma guerreira da pátria brasileira”. Os manifestantes que ocupavam a Praça Sete, no Centro, começaram a se dispersar por volta das 19h. Parte do grupo seguiu para a Praça da Estação, também na região central, onde permaneceu às 19h30.

RIO DE JANEIRO: Militantes do PT cantaram em defesa de Dilma, com sinalizadores de fumaça vermelha e instrumentos de percussão, como fazem as torcidas organizadas de futebol. Depois de deixar a Cinelândia, local da concentração inicial, manifestantes se dirigiram à sede da Petrobras. Por volta das 17h a PM estimou em 1500 pessoas o número de manifestantes no protesto.

O líder do MST, João Stédile, também esteve presente no ato em defesa da Petrobras no Rio. Em breve entrevista à TV do Sindipetro, defendeu cadeia aos corruptos confessos da Petrobras e rechaçou o sistema de delação premiada. Afirmou ainda que o ato é para dizer que os trabalhadores não aceitam o ajuste fiscal do governo e as reduções de direitos trabalhistas

Entidades sindicais de petroleiros e trabalhadores do setor naval participaram do protesto que tinha bandeiras da CUT, CBS (Central Brasileira dos Sindicatos), CTB e FUP (Federacão Única dos Trabalhadores). Havia também integrantes do MST e bandeiras do PC do B e do PT. Os manifestantes diziam querer defender a Petrobras de movimentos da “elite brasileira”, “da direita”, “do capital estrangeiro” e da imprensa, que estariam interessadas na privatização da estatal.

Militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) tocaram instrumentos de bateria e cantavam “dá-lhe, dá-lhe, ô, PT do meu coração”.

A manifestação terminou por volta de 18h40min em frente à sede da Petrobras, no Centro do Rio. Cerca de 1,5 mil pessoas, segundo a PM, continuam na Cinelândia, onde um palco está armado para apresentações culturais. O protesto terminou sem incidentes, de forma pacífica.

REGIÃO NORTE

AMAZONAS: Movimentos sociais e grupos civis se reuniram no Centro de Manaus. A manifestação contou com militantes pró-Dilma e pró-Petrobrás, grupos que lutam pelos direitos da mulher e pessoas contra a corrupção e em favor da punição de envolvidos na Operação Lava-Jato.

PARÁ: Em Belém, manifestantes ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) se concentraram em frente ao Theatro da Paz. Depois seguiram em direção ao Mercado de São Braz. O ato, que estava marcado para começar às 16h, sofreu atraso devido à forte chuva que atingiu a capital paraense. O protesto foi pacifico.

REGIÃO NORDESTE

MARANHÃO: Uma caminhada pela preservação do mandato da presidente Dilma Rousseff, em defesa da Petrobras e pelo fim da corrupção reuniu durante à tarde no centro de São Luís. O movimento iniciou às 15h e o encerramento aconteceu por volta de 17h40. A polícia informou que 200 manifestantes participaram do ato. Já a organização do movimento afirmou que 2.500 estiveram no local.

RIO GRANDE DO NORTE: A manifestação começou de forma pacífica, por volta das 15h. Cerca de 1,5 mil pessoas participaram do ato, segundo a PM. Segundo Fátima Cardoso, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (um dos organizadores do protesto), cerca de 3 mil manifestantes estão no ato. Os manifestantes carregavam faixas e cartazes e gritam palavras de ordem, acompanhados de um carro de som. Após a concentração em frente à Catedral, os manifestantes seguiram em caminhada até a Praça 7 de Setembro, onde ficam as sedes da Prefeitura de Natal, da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte até às 17h30 minutos quando começaram a se dispersar.

BAHIA: O protesto foi organizado por frentes sindicais, entre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT), movimentos feministas e alas de defesa das mulheres em partidos políticos. De acordo com a Polícia Militar, 1,2 mil participaram do protesto. Já a CUT diz que 3 mil estiveram no protesto. Uma manifestação a favor dos direitos das mulheres incorporou atos em defesa da reforma política, da Petrobras e do governo federal, que durou até às 18h15min. Pela manhã, militantes, líderes sindicais e movimentos sociais participaram de uma manifestação “pró-Petrobras” no bairro Itaigara.

TOCANTINS: Em Palmas, manifestantes se reuniram na entrada do distrito de Taquaralto, região sul da capital. O protesto foi promovido pela CUT e terminou 18h40 minutos.

PIAUÍ: Em Teresina, manifestantes começaram uma passeata pela Avenida Frei Serafim, no Centro da capital. Utilizando um carro de som, representantes de entidades sociais fazem pequenos discursos em defesa da Petrobras e a favor da reforma política. Às 18h40 minutos terminou o protesto em Teresina. Os manifestantes voltaram pela Avenida Frei Serafim ao local de concentração onde teve início o protesto, na Praça da Liberdade. Houve discursos de despedida e informando sobre a organização de outros atos. Os participantes se dispersaram, e trânsito na via foi restabelecido.

PARAÍBA: Segundo a PM, cerca de3 mil pessoas participaram de ato em João Pessoa. Manifestantes percorrem as principais ruas do Centro da cidade e encerraram a caminhada por volta das 17h50min no Ponto Cem Reis, no centro da cidade.

PERNAMBUCO: No Recife, a manifestação acabou por volta de 13h e a maioria dos manifestantes vestia vermelho. Havia várias bandeiras e camisetas da campanha de reeleição de Dilma, além de faixas que clamam por reformas políticas. Também havia camisetas com a imagem da presidente e a mensagem “renovar a esperança”.Segundo número atualizado da CUT, o ato reuniu 3 mil pessoas na capital de Pernambuco. A companhia de trânsito da cidade estimou em 2 mil pessoas.

SERGIPE: Manifestantes marcharam em defesa da Petrobras nas ruas de Aracaju. ÀS 16h MST aderiu ao ato público organizado pela CUT e saiu às ruas pedido reforma agrária. O protesto, que terminou às 17h, reuniu cerca de 700 pessoas, segundo a PM, ou 1 mil de acordo com a organização.

REGIÃO CENTRO-OESTE

CUIABÁ: Cerca de 500 pessoas, segundo a PM, foram às ruas da capital do Mato Grosso no final da manhã desta sexta-feira (13). Líderes da CUT discursaram sobre a história de Lula e defenderam a Petrobras, em uma marcha que durou cerca de meia hora. A organização nega que o manifesto defende o governo federal, mas militantes gritaram o nome de Dilma e criticaram os pedidos de impeachment.

GOIÁS: Manifestantes realizaram um protesto em favor da Petrobras na Praça Cívica, no Centro de Goiânia. A concentração começou às 10h, o grupo seguiu em passeata, e o ato terminou às 12h20 de forma pacífica. Os protestos foram convocados por centrais sindicais e outras entidades. Além da defesa da empresa, os manifestantes reivindicaram os direitos da classe trabalhadora, a reforma agrária e a reforma política.De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que representa 67 sindicatos afiliados à central no estado, além da União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), cerca de 300 pessoas participam do ato. A Polícia Militar também estimou o mesmo número de manifestantes.

DISTRITO FEDERAL: Os manifestantes ligados à CUT que participaram de manifestação em Brasília iniciaram uma marcha em volta da Rodoviária do Plano Piloto, no início da Esplanada dos Ministérios. Três das seis faixas do Eixo Monumental foram fechadas para a passagem deles. No final da tarde, 6 carros compareceram à concentração agendada em frente ao prédio da Petrobras em Brasília e iniciaram uma minicarreata em protesto contra o suposto esquema de corrupção na estatal. De acordo com o Capitão Muniz, que chefia a operação da PM no protesto em Brasília, há cerca de 3 mil pessoas no protesto.

MATO GROSSO DO SUL: Manifestantes realizaram um protesto em favor da Petrobras em Campo Grande. Além da defesa da empresa, os manifestantes também reivindicaram os direitos da classe trabalhadora, a reforma agrária e a reforma política. Em Campo Grande, o grupo cantou parte do Hino Nacional para encerrar o ato, às 11h30 (horário local), na Praça do Rádio Clube, na região central de Campo Grande. Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), cerca de 4 mil pessoas participaram do evento, que percorreu diversas ruas do Centro. Já a Polícia Militar (PM) estimou em 1,8 mil o número de manifestantes.