Alvo de pressões da cúpula do PMDB, o relator da reforma política, Marcelo Castro (PMDB-PI), anunciou nesta quinta (14) alterações em seu relatório. Entre elas, o aumento do mandato dos senadores de oito para dez anos. Castro propunha o oposto: que os 81 senadores ficassem cinco anos, coincidindo com o tempo defendido por ele para os demais cargos eletivos. A mudança ocorre após acerto entre os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), segundo o qual cada Casa terá a palavra final sobre alterações que lhes dizem respeito.
.Renan também barrou a ideia de acabar com suplentes de senador, os sem-voto. Hoje, a suplência é formada por correligionários dos candidatos. Castro queria que fosse por candidatos derrotados, na ordem da votação. Nesta quinta, ele anunciou que a regra atual continua, só com a restrição a cônjuges ou parentes, algo comum hoje.
Castro também recuou na proposta de que os prefeitos e vereadores eleitos em 2016 tivessem um mandato-tampão de dois anos, até 2018, para coincidir com os mandatos de cinco anos a partir de então. Agora, ele defende seis anos ao grupo, até 2022. (Folha de S.Paulo – Ranier Bragon)