PEC do Foro

Maia diz que se reunirá com presidente do STF para definir destino da PEC do Foro

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira ao GLOBO que se reunirá na próxima terça-feira com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, para definir o destino da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que trata do fim do foro privilegiado como prerrogativa do cargo

Maia diz que se reunirá com presidente do STF para definir destino da PEC do Foro

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira ao GLOBO que se reunirá na próxima terça-feira com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, para definir o destino da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que trata do fim do foro privilegiado como prerrogativa do cargo. A admissibilidade da PEC foi aprovada nesta semana pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a quem só cabe definir se este tipo de proposta fere ou não os preceitos legais. Maia disse que, como a questão do foro está sendo analisada pelos dois Poderes, quer conversar a respeito para que não haja conflitos.

O STF suspendeu o julgamento de um caso concreto envolvendo o foro especial na última quinta-feira, porque o ministro Dias Toffoli pediu vistas ao processo, como muitos já esperavam. De todo modo, a tramitação de uma PEC em comissão especial da Câmara é demorada, levando de 30 a 90 dias, e, como é final de ano, qualquer avanço no debate só em 2018, segundo avaliam os próprios parlamentares.

— Irei visitar a presidente do STF na terça-feira. Minha decisão (sobre a tramitação da PEC) será tomada depois da nossa reunião. Vamos garantir a harmonia entre Poderes — disse Maia ao GLOBO.

Passada a fase da CCJ, o presidente da Câmara precisa instalar uma comissão especial para discutir o tema. Os partidos precisam indicar os nomes para a comissão, que em média leva 90 dias para votar uma PEC, quando há vontade política. Na votação da CCJ, muitos dos que aprovaram a admissibilidade admitiram que o assunto era complexo e precisa ser discutido “com calma”. O líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB ), relator do caso na CCJ, admitiu que era apenas uma questão formal, que o mérito seria discutido depois, na comissão especial.

Mas o presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), disse que a questão do foro tem que ser resolvida em definitivo pelo Congresso, alterando a Constituição, e não pelo STF.

— A despeito de o Supremo estar discutindo a questão do , o fato é que cabe ao Poder Legislativo, ao Congresso Nacional, legítimo que é, definir essa alteração constitucional para extinguir p foro especial por prerrogativa de função. Aprovamos a admissibilidade da PEC na CCJ, agora vai à comissão especial. O fato é que, independente de o Supremo estar tratando isso num fato concreto, é melhor para a segurança jurídica do país que o Congresso o faça alterando a Constituição, se a opção for realmente da extinção do foro — disse Pacheco.

Fonte: Extra
Créditos: Extra