O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), viajaria para o Chile, nesta quarta-feira (18), mesmo dia em que o relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que recomenda o arquivamento da denúncia contra o presidente Michel Temer, deve ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
No entanto, ele acabou desistindo de embarcar, após aliados do presidente reagirem à possibilidade, alegando que o ato poderia ser entendido como mais um sinal de distanciamento entre Maia e o Planalto.
A relação entre o presidente da Câmara e Michel Temer ficou estremecida desde que líderes do PMDB “entraram em campo” para convencer dissidentes do PSB a se filiarem à legenda.
O DEM procura ampliar sua base na Câmara e já estava sondando os políticos, mas perdeu a “batalha” para o governo, que atraiu os parlamentares alinhados com as reformas pretendidas pelo Planalto.
Para piorar, na semana passada, vídeos da delação de Lúcio Funaro, em que o doleiro cita o presidente da República como um dos envolvidos em esquema de propina, foram disponibilizados no site da Câmara. O advogado de Temer não gostou e atacou Maia, que exigiu retratação.
Ao ser questionado sobre os possíveis prejuízos causados pela viagem às articulações pró-Temer, no início da semana, Maia disse que não via problema algum, de acordo com o blog da Andréia Sadi, no portal G1, já que ele “não votava na CCJ”.
Fonte: Notícias ao minuto