O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou seus apoiadores para um ato na Av. Paulista, em São Paulo, para apoiar a “defesa do Estado democrático de direito” no próximo dia 25.
A convocação feita por Bolsonaro acontece em meio às investigações da Polícia Federal (PF) sobre uma eventual participação sua em uma suposta trama de golpe de Estado. Como resultado das investigações, foram impostas medidas restritivas contra o ex-presidente, a exemplo do recolhimento de seu passaporte.
Segundo o político, o ato também servirá para que se defenda de “todas as acusações que têm sido imputadas” nos últimos meses.
No entanto, opositores e até mesmo analistas políticos estão vendo certas similaridades com um ato proporcionado pelo então ex-presidente Lula (PT), em 7 de abril de 2018, horas antes de ser preso.
Antes de se entregar à Polícia Federal (PF), Lula organizou um ato em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo-SP, para prestar homenagem à sua ex-mulher Marisa Letícia, que faria aniversário naquele dia se estivesse viva, mas também para defender a sua imagem em meio às acusações de corrupção que estavam sendo investigadas na Operação Lava Jato.
Em determinado momento do discurso, Lula falou uma frase que marcou o evento, afirmando que iria lutar para que “os facínoras tenham um dia a humanidade de pedir desculpas”, tanto a ele mas principalmente a Marisa. Ele também falava reiteradamente que era inocente e que estava sendo perseguido, discursos que se assemelham aos de Bolsonaro e sua família.
A única diferença, no entanto, é que Lula tinha uma perspectiva de prisão, uma vez que já havia um mandado de prisão expedido contra o seu nome pelo então ministro Sergio Moro e ele havia negociado sua entrega após tal discurso. Hoje não há qualquer mandado contra Bolsonaro, e também não se sabe das possibilidades da decretação de uma prisão, apesar de que o ciclo próximo ao ex-presidente teme um eventual mandado.
O questionamento que muitos analistas fazem é se Bolsonaro imagina uma prisão iminente e planeja demonstrar sua força política em um ato público.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba