O ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (sem partido), se reuniram na noite desse domingo (19), no primeiro encontro público entre ambos desde que começou a ser especulada pela imprensa nacional uma possível união entre ambos para as eleições presidenciais de 2022.
O encontro foi promovido pelo grupo Prerrogativas, composto por advogados anti-Lava-Jato. Ambos Lula e Alckmin demonstraram entusiasmo com a possível parceria.
Alckmin, que recentemente deixou o PSDB, disse que agora é hora de “união” e de “grandeza política”. “O processo ainda está começando. É hora de grandeza política. É hora de união”, falou.
Durante a conversa, para aproximadamente 500 pessoas, Lula disse que entra com motivação para a nova disputa. “A gente fica velho quando não tem motivação, não tem causa nobre. Por isso digo que tenho 76 anos, com energia de 30 e tesão de 20. Quero lutar e provar que o povo brasileiro vai reconstruir esse país”, falou.
Em outro momento, Lula disse que a história passada entre ambos não importa. Os dois se enfrentaram nas eleições de 2006. “Não importa se no passado fomos adversários. Se trocamos algumas algumas botinadas. Se no calor da hora dissemos o que não deveríamos ter dito. O tamanho do desafio que temos pela frente faz de cada um de nós um aliado de primeira hora”, opinou.
Ainda, o ex-presidente petista pregou calma com relação a possíveis definições: “Sei que o Brasil que eu vou pegar em 2023 é muito pior que eu peguei em 2003. Segundo, depende do meu partido. É um partido que tem uma história, o partido mais importante da esquerda brasileira. Tenho que respeitar o Alckmin, quem vai dizer se a gente vai se juntar ou não é o meu partido e o partido dele. Então a gente tem que ter paciência”, declarou.
Alckmin deixou, ainda em dezembro o PSDB após 33 anos de filiação. Entre novas siglas especulados para o ex-governador se São Paulo estão o PSD e o PSB.
Participaram da conversa também os governadores da Bahia, Rui Costa (PT); do Piauí, Wellington Dias (PT); e de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); e os presidentes do PT, Gleisi Hoffmann; do PSD, Gilberto Kassab; do PSB, Carlos Siqueira; do MDB, Baleia Rossi; e do Solidariedade, Paulinho da Força. Parlamentares como o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Omar Aziz (PSD-AM) e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (sem partido-RJ).
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba