O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta reatar com suas bases eleitorais diante a rejeição de 46% do eleitorado. O índice é o pior entre os testados para eleição presidencial de 2018, segundo a Datafolha.
Lula trocou a roupa social pela vestimenta vermelha e pelo chapéu de cangaceiro e passou a priorizar agendas com movimentos de esquerda e viagens ao Nordeste.
A troca seria uma tática para sobreviver politicamente diante o cenário de crise.
A queda em sua popularidade decorreu do avanço da Operação Lava Jato, onde o petista é investigado por suposta ligação com imóveis reformados por empreiteiras alvos da operação, além de denunciado sob acusação de tentar obstruir a investigação. O afastamento de sua afilhada política, Dilma Roussef, da presidência da República também afetou a imagem de Lula.
Ele já visitou assentamentos de sem terra e cooperativas de agricultores. A estratégia, no entanto, não é nova. Em 2006, Lula recorreu ao mesmo expediente quando disputou a reeleição logo após o estouro do escândalo do mensalão. Em 2010, quando tentava eleger a sucessora, repetiu a agenda em circunstâncias semelhantes ao lado dela.
Fonte: Folha de S.Paulo