Conjunturas Políticas

Lula oferece a Alckmin o comando do Ministério da Agricultura

O pacote oferecido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ter o ex-governador Geraldo Alckmin como candidato a vice na disputa pelo Palácio do Planalto inclui um ministério.

Foto: Reprodução da Internet

 

O pacote oferecido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ter o ex-governador Geraldo Alckmin como candidato a vice na disputa pelo Palácio do Planalto inclui um ministério. Desde que deixou o PSDB, Alckmin tem dito que, se a dobradinha com Lula vingar, e a chapa vencer a eleição, não quer ser um vice “decorativo”. Uma das propostas em discussão prevê dar ao ex-governador o comando de um ministério. As conversas giram em torno da pasta da Agricultura e Alckmin já começou até mesmo a atuar para diminuir resistências a Lula no agronegócio.

Mesmo sem partido, o ex-tucano age como se a aliança estivesse concretizada. Alckmin prefere se filiar ao PSB, mas, se as negociações emperrarem, tem convite para entrar no Solidariedade e no PV. O comando da campanha de Lula também quer atrair o ex-prefeito Gilberto Kassab para a chapa. O PSD, presidido por Kassab, pode ser uma alternativa para abrigar Alckmin, caso o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desista da pré-candidatura ao Palácio do Planalto.

Na semana passada, o ex-governador teve uma conversa reservada com dirigentes da Força Sindical. Os participantes saíram com a impressão de que ele pretende ter um protagonismo maior do que o comumente atribuído a um vice. “Eu entendi que Geraldo quer ser um vice ativo, que contribui para a governabilidade e para as ações do governo”, disse o presidente da Federação dos Químicos de São Paulo, Sérgio Leite. “Ele quer ter um espaço de diálogo, de construção e aconselhamento.”

Embora setores do PT desconfiem das intenções de Alckmin e temam que ele possa virar um “novo Temer” se conquistar muito poder, Lula não tem essa avaliação e tenta cada vez mais se aproximar do centro político. Quando ocupava o Palácio do Jaburu, Michel Temer escreveu uma carta à então presidente Dilma Rousseff, em dezembro de 2015, na qual reclamava de ser um “vice decorativo”. Dizia, ainda, que sua experiência poderia ter sido usada no governo para discutir “formulações econômica e políticas de País”. Quatro meses depois, a Câmara dos Deputados autorizou a instauração do processo de impeachment contra Dilma.

Nos últimos tempos, Lula tem dito a aliados que quer um companheiro de chapa atuante, mas que não atrapalhe. “O vice tem de ajudar a governar”, afirmou o ex-presidente, que enfrenta dificuldades para obter apoios de empresários do agronegócio.

Fonte: MSN
Créditos: Polêmica Paraíba