Lula e Dilma Rousseff marcaram um encontro ainda em janeiro para falar de eleições 2022. A reunião, que deve acontecer em São Bernardo do Campo, onde o ex-presidente mora, teria sido agendada a pedido do próprio Lula, que não conversou pessoalmente com Dilma desde que voltou da Europa, em novembro – embora se falem sempre por telefone. A informação é de Malu Gaspar em seu blog no jornal O Globo nesta segunda-feira (3).
A reunião acontece após declaração do ex-prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, um dos vice-presidentes do PT, que disse que Dilma perdeu relevância eleitoral.
A declaração provocou reações de lideranças partidárias, incluindo a presidenta nacional da sigla, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR).
“A opinião individual de Washington Quaquá não corresponde ao papel da presidenta Dilma na história, no presente e no futuro do PT. Ela enfrentou com dignidade e coragem o golpe do impeachment que levou o país a esta triste situação. Merece o respeito e a solidariedade de cada dirigente e militante do partido”, afirmou.
O deputado federal José Guimarães (PT-CE), que foi líder do governo na Câmara durante a presidência de Dilma, saiu em defesa da ex-presidenta nas redes sociais. “A presidenta Dilma é uma personalidade de grande envergadura política. Nos momentos mais difíceis de nossa história quando governou o país soube ter dignidade e honrou a história do PT. Ela tem importância política na campanha e hoje é uma das grandes referências de nosso partido”, tuitou.
A Secretaria Nacional de Mulheres do PT emitiu uma nota dizendo que o argumento é usado para “obstaculizar a participação de mulheres na política”.
“A Secretaria Nacional de Mulheres do PT reforça o papel e a relevância da presidenta Dilma Rousseff dentro e fora do partido. O Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras se orgulha de ter eleito a primeira presidenta na história do país que foi vítima de um golpe misógino, machista e anti-democrático”, diz o texto.
Fonte: Fórum
Créditos: Polêmica Paraíba