ELEIÇÕES 2022

Lula diz que Alckmin é 'adversário' mas não descarta aliança: "A gente fará um grande governo"

Nesta terça-feira, (22), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin é um adversário, mas que o fato não impossibilita uma aliança política. Alckmin é cotado para ser o vice de Lula nas eleições presidenciais de 2022.

“Alckmin é uma pessoa de muita experiência política. Somos adversários, mas não significa que somos inimigos. Podemos estabelecer pontos de conversa e construir interesses programáticos juntos.”, destacou.

“Vamos ver se é possível, os partidos vão ter que conversar, vou ter que sentar com o Alckmin e conversar. Se Alckmin for o meu vice, penso que será um benefício para o Brasil. A gente fará um grande governo, se ganharmos as eleições”, afirmou Lula durante entrevista.

Durante entrevista para a Rádio Som Maior, de Criciúma, Lula repetiu que, se eleito, vai “abrasileirar” o preço da gasolina e criticou a importação de fertilizantes, o que, segundo ele, demonstra a “subserviência” do governo Jair Bolsonaro (PL).

Lula ressaltou que o Brasil é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo e que não deveria importar fertilizantes para produzir. “Poderíamos ser autossuficientes, mas fecharam as fábricas que a gente tinha. É uma irresponsabilidade total”.

“É triste você ter um governo que não pensa na soberania nacional, que só trabalha pensando na subserviência, na dependência. Isso não faz uma nação ser grande.”

O ex-presidente Lula afirmou hoje que não há motivo para que o preço combustível seja atrelado ao dólar. É a terceira vez que ele diz que, se eleito, vai “abrasileirar” o preço dos combustíveis.

“O preço dos combustíveis tem que ser nacionalizado. Não existe razão para o preço dolarizado. Depois do pré-sal, o Brasil se tornou autossuficiente, mas agora abriu mão de sua soberania, estão destruindo a Petrobras”, disse Lula.

A atual política de preços da Petrobras segue o valor do barril no mercado internacional. Por isso, oscilações no exterior acabam tendo impacto para o consumidor brasileiro.

No começo deste ano, o preço do petróleo atingiu a máxima em sete anos, impulsionado por perturbações na oferta, tensões geopolíticas e aumento da demanda.

Críticos da paridade internacional alegam que ela aumenta o lucro dos acionistas às custas do consumidor, que no fim paga pela alta do dólar e do petróleo. Defensores da política afirmam que essa é a melhor maneira de atrair investimentos, garantir o abastecimento e estimular a concorrência.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Notícias ao Minuto