Em nota divulgada nesta noite, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contesta a nova narrativa da imprensa brasileira e dos procuradores da Lava Jato, de que Lula teria “culpado” a ex-primeira-dama Maria Letícia pelo triplex no Guarujá.
“Causa assim estranheza que o depoimento do ex-Presidente ao Juízo de Curitiba, no que tange a sua esposa, tenha recebido os comentários da Força Tarefa que a imprensa explorou hoje. O testemunho de Lula, ontem, não diverge do que ele e nós, seus advogados, já vínhamos afirmando há mais de um ano”, lembra o advogado Cristiano Zanin Martins.
Já em 4 de março de 2016, quando depôs à Polícia Federal coercitivamente, Lula disse o mesmo que ontem: Marisa tinha uma cota do empreendimento, mas a compra não foi realizada; ou seja: a versão com ela viva ou morta era a mesma.
Abaixo, a nota da defesa:
D. Marisa Letícia jamais cometeu qualquer ilegalidade ao longo da vida e sempre mereceu o respeito de todos. Apesar disso, uma denúncia descabida da Força Tarefa, acolhida pelo Juízo da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, imputou a ela fatos inexistentes, no caso do triplex do Guarujá.
Todos os atos de D. Marisa foram absolutamente legais e nunca poderiam justificar nem a denúncia nem a ação penal contra ela. São fatos de pleno conhecimento dos procuradores, pois constam dos autos do processo desde o início. No depoimento desta quarta (10), Lula simplesmente reafirmou a verdade.
Causa assim estranheza que o depoimento do ex-Presidente ao Juízo de Curitiba, no que tange a sua esposa, tenha recebido os comentários da Força Tarefa que a imprensa explorou hoje. O testemunho de Lula, ontem, não diverge do que ele e nós, seus advogados, já vínhamos afirmando há mais de um ano.
O que causa, sim, espanto é que até hoje o juiz se recusa a inocentar sumariamente d. Marisa Letícia, como determina expressamente a lei em caso de falecimento. Mais uma prova do lawfare que se pratica contra o ex-Presidente Lula e que não respeita sequer a memória de sua esposa.
Cristiano Zanin Martins
Fonte: Brasil 247