Após mudanças de última hora e uma confusão sobre quem seriam os candidatos, a eleição para líder do PP na Câmara dos Deputados foi adiada para a próxima quarta-feira, dia 24. O partido é o segundo maior da base aliada e comanda o Ministério da Integração Nacional, mas parte considerável da bancada tem votado contra os projetos do governo.
A eleição estava marcada para a manhã desta quarta-feira e concorreriam o atual líder, Eduardo da Fonte (PE), e o ex-ministro das Cidades Aguinaldo Ribeiro (PB). Mas, na hora da votação, da Fonte retirou a candidatura alegando que não queria levar o processo para o Judiciário – uma regra estabelecida no primeiro ano da legislatura pelo partido vedava a reeleição- e lançou Cacá Leão (BA).
O grupo de Ribeiro rachou ainda com o anúncio, minutos antes do início do processo eleitoral, de que Esperidião Amin (SC), candidato da ala oposicionista, iria concorrer também. Leão recebeu 17 votos, dos 21 necessários para ser eleito, e Amin e Ribeiro empataram com 11 apoios para cada lado. O ex-ministro de Dilma retirou a candidatura para que Amin fosse ao segundo turno, marcado para uma hora depois.
Mas, depois de contar os votos e ver que não teria apoios suficientes, Amin resolveu abdicar da candidatura e apoiar Ribeiro, que havia desistido. Da Fonte não permitiu a nova mudança e, sob protesto, a votação foi realizada, mas Leão só teve 19 dos 21 votos necessários – dez deputados deixaram de comparecer e os outros anularam seus votos.
Já dividido entre oposição e governo, a bancada do PP remarcou a eleição para quarta-feira para tentar resolver o racha entre os vários grupos internos do partido.
Fonte: valor econômico
Créditos: Valor econômico