Representando o Brasil, o secretário Nacional de Proteção Global do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, o paraibano Sérgio Queiroz, defendeu o direito à liberdade religiosa para todos, inclusive o direito de não crer ou de mudar de religião, durante a 41ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organizações das Nações Unidas), em Genebra, na Suíça. Ele criticou a perseguição contra judeus, cristãos e muçulmanos e alertou, com base em relatório do Governo britânico, que os cristãos formam o grupo religioso mais perseguido do mundo.
“Nos últimos meses, nós vimos Judeus sendo mortos em Sinagogas e seus túmulos desfigurados com suásticas, Muçulmanos executados dentro de mesquitas e os seus lugares religiosos vandalizados, Cristãos assassinados em momentos de oração e suas igrejas destruídas. A propósito, eu recentemente li um artigo no The Guardian, que aponta que, nas últimas duas décadas, os Cristãos se tornaram o grupo religioso mais perseguido no mundo”, ressaltou.
Em um evento paralelo, organizado pela Polônia, Brasil e Iraque para tratar da situação das pessoas que sofrem no mundo inteiro em razão de suas convicções religiosas e de crenças, o secretário paraibano enfatizou que “a liberdade de religião é um direito que deve ser assegurado a todas as pessoas” e que “este direito se desdobra no direito de crer, também de não crer e de mudar as suas convicções religiosas”, frisou.
Sérgio Queiroz afirmou ainda que o direito à liberdade religiosa “é consagrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e que também garante a liberdade de cultuar privadamente e em público, além de garantir a possibilidade de ensinar aos outros”, lembrou.
Reuniões bilaterais na área de Empresas e Direitos Humanos – Como parte da agenda em Genebra, o secretário de Proteção Global teve reuniões bilaterais com autoridades das Nações Unidas na área de Empresas e Direitos Humanos, Combate à Tortura e Liberdade de Crença e Expressão. Ele também debateu o tópico da liberdade acadêmica, tendo em vista que muitos estudantes e, até professores, têm sido perseguidos nos ambientes acadêmicos por terem convicções diferentes do que se pode chamar de “politicamente correto”. Segundo o secretário, “uma Nação verdadeiramente livre não pode impedir o livre pensamento, inclusive visões mais conservadoras”, declarou.
É a segunda participação do secretário paraibano no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. Em fevereiro deste ano, em seu discurso de estreia, Sérgio Queiroz citou os casos de duas mulheres afrodescendentes brasileiras mortas. Os casos citados foram os da vereadora do Rio, Marielle Franco, e da policial Juliane dos Santos Duarte, ambas membros da comunidade LGBTI.
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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba