recurso negado

Justiça determina prisão do ex-governador de MG Eduardo Azeredo

O político teve recurso negado e foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro no esquema conhecido como mensalão tucano.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) decidiu por maioria negar, nesta terça-feira (22/5), o último recurso do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) e determinar sua prisão. A sentença ocorre em concordância com o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) que autoriza o cumprimento de pena após condenação em segunda instância.

Três de cinco desembargadores da 5ª Câmara Criminal confirmaram a condenação de 20 anos e 1 mês por peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro no esquema conhecido como mensalão tucano.

Em 2017, o político foi condenado em segunda instância pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Ele foi acusado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) de ter participado de um esquema que desviava recursos públicos de empresas estatais mineiras, por meio de contratos publicitários, para abastecer o caixa dois de sua campanha à reeleição como governador de MG em 1998.

Após sua condenação, o tribunal mineiro deixou claro que o mandado de prisão contra Azeredo poderia ser expedido após o esgotamento de todos os recursos possíveis em segunda instância. Em tese, os embargos julgados nesta terça seriam os últimos instrumentos de defesa neste grau à disposição do político.

Na semana passada, a Procuradoria-Geral de Justiça de Minas Gerais (PGJ-MG) pediu que Azeredo fosse preso caso seus recursos fossem negados no Tribunal de Justiça do estado.

O caso, que ocorreu há duas décadas, tramita há nove anos no Supremo. O processo do ex-governador de Minas é o mais avançado entre os réus do mensalão tucano.

Fonte: Metrópoles
Créditos: THAYNA SCHUQUEL