O juiz do trabalho Marcelo Rodrigues Carniato e os advogados Mateus Souto Maior e José Augusto discutiram a reforma trabalhista, que é votada na noite desta quarta-feira, 26, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Em mesa redonda realizada no programa Master News, da TV Master, os juristas concordaram que o projeto deveria ter sido debatido, para que todos entendam a proposta antes de votar e mudar a vida de tantas pessoas.
José Augusto disse que não tem como afastar o viés politico de uma votação no Congresso, “quando eu critico o projeto, não é porque não pode ter reformas, acho até que algumas reformas são necessárias, mas acredito há mudanças que fariam mais diferença na ajuda ao trabalhador, e não estão sendo feitas, como é o caso da reforma sindical, não acredito que o imposto sindical não é a melhor forma para o fortalecimento dos sindicatos”, opinou.
Mateus Souto Maior destacou que não acredita que o maior problema seja a contribuição sindical, “vale salientar que a maior fonte de renda dos sindicatos é a contribuição dos profissionais e é preciso dar condições para que a entidade trabalhe”. Ele chamou os juristas para debater a reforma e contribuir para o avanço da legislação e com as garantias para os trabalhadores e, assim, tenham força de pedir mudanças no Senado.
Já o juiz Marcelo Rodrigues disse que os trabalhadores precisam de representação porque nem todos podem falar por si, com conhecimento legal para isso. Ele pontuou ainda que “os empregados correm o risco de serem precarizados, mesmo os que ganham salários mais altos, eles não terão autonomia para falar em nome da categoria, é importante que haja uma entidade que fale em nome da categoria, desde os que ganham o piso salarial da categoria, até aqueles que têm salários mais altos”, disse.
O magistrado conclamou a população a participar da manifestação da próxima sexta-feira, 28, para protestar contra a reforma trabalhista.
José Augusto acredita que a matéria será aprovada na Câmara e no Senado, Mateus diz ter certeza da aprovação na Câmara, mas crê em mudanças no Senado. O juiz Marcelo acredita na aprovação hoje, mas confia em um “debate mais primorado no Senado”.
Créditos: Polêmica Paraíba