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Juiz Sérgio Moro começa a condenar integrantes do PP; tesoureiro pegou oito anos de prisão

O juiz Sérgio Moro condenou João Cláudio de Carvalho Genu, ex-assessor do deputado José Janene (já falecido), a oito anos e oito meses de prisão por corrupção e associação criminosa no esquema de corrupção na Petrobras. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Genu recebia 5% da propina da diretoria de Abastecimento da estatal até 2010, quando Janene morreu. Depois, passou a dividir a propina com o doleiro Alberto Youssef. Genu teria recebido R$ 4,3 milhões entre 2007 a 2013, além de valores em euros e dólar (125 mil euros e USD 390 mil). Parte dos valores ele recebeu em espécie no Posto da Torre, em Brasília, que deu o nome à Operação Lava-Jato.

Sérgio-Moro
SÃO PAULO — O juiz Sérgio Moro condenou João Cláudio de Carvalho Genu, ex-assessor do deputado José Janene (já falecido), a oito anos e oito meses de prisão por corrupção e associação criminosa no esquema de corrupção na Petrobras. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Genu recebia 5% da propina da diretoria de Abastecimento da estatal até 2010, quando Janene morreu. Depois, passou a dividir a propina com o doleiro Alberto Youssef. Genu teria recebido R$ 4,3 milhões entre 2007 a 2013, além de valores em euros e dólar (125 mil euros e USD 390 mil). Parte dos valores ele recebeu em espécie no Posto da Torre, em Brasília, que deu o nome à Operação Lava-Jato.

Genu já havia sido flagrado e condenado no mensalão. Moro classificou como “pertubador” o fato de ele ter sido julgado no Mensalão e, mesmo assim, ter continuado a receber proponas até julho de 2013. “Nem o julgamento condenatório pela mais Alta Corte do País representou fator inibidor da reiteração criminosa, embora em outro esquema ilícito. Agiu, portanto, com culpabilidade extremada”, afirmou o juiz. O ex-assessor do PP foi inocentado do crime de lavagem de dinheiro e os bens da mulher dele foram desbloqueados.

No mensalão, Genu havia sido condenado a sete anos e três meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Marlus Arns, advogado de Genu, afirmou que vai recorrer da sentença. João Cláudio Genu está preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde maio passado, na 29ª Fase da Lava-Jato, chamada de Repescagem.

Outro denunciado pelo MPF, Lucas Amorim Alves havia sido acusado por ter recebido valores para Genu. Moro o absolveu por falta de prova suficiente de que tenha sido beneficiado pelo esquema.

O terceiro denunciado, Rafael Angulo Lopez, funcionário de Youssef e encarregado de entregas de dinheiro, foi condenado a quatro anos, cinco meses e 10 dias de prisão, por corrupção passiva. Ele foi beneficiado, no entanto, por ter assinado acordo de delação premiada e entregado planilhas da contabilidade informal das propinas pagas pelo doleiro.

Moro substitiu o regime semiaberto pelo “regime aberto diferenciado. Lopez deverá permanecer em casa das 22h às 6h da manhã e vai usar tornozeleira eletrônica por dois anos. Terá de prestar cinco horas de serviços comunitários por dois anos, não pode viajar ao exterior sem autorização da Justiça e terá de apresentar relatório de atividades a cada dois meses.

Fonte: oglobo