O governador João Azevêdo (Cidadania) deu uma espécie de “ultimato” a seus aliados para que decidam se caminharão ao seu lado no projeto de reeleição em 2022 ou se marcharão sozinhos para uma possível candidatura. O prazo seria janeiro de 2022. A declaração foi dada em entrevista ao programa Frente a Frente, da TV Arapuan, nesta segunda-feira (1º).
Nos bastidores, a declaração serve de aviso a aliados como o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), Damião e Lígia Feliciano (PDT) e até para o deputado federal e pré-candidato a Senador Efriam Filho (DEM), nomes que já foram especulados para disputarem as eleições de 2022 fora do arco de alianças de Azevêdo.
O governador disse que essa data limite servirá como base também para uma reforma no seu secretariado, já que muitos secretários estaduais hoje são especulados e avaliam disputar as eleições do próximo ano.
“Espero que essas definições ocorram no início do ano. A partir de janeiro a gente precisará deixar muito claro quem estará acompanhando o projeto e quem não estará. Isso vai ser colocado na mesa para que a gente possa caminhar em 2022 com muito mais foco”, falou.
Romero e Veneziano
Outro ponto de destaque da entrevista do governador foi a confirmação de que ele terá uma conversa com o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD). Muito tem se especulado de que Romero, hoje pré-candidato ao governo estadual pela oposição, desistiria da disputa e se aliaria com João Azevêdo no próximo ano.
O governador disse que ainda não houve conversa entre ambos nesse sentido, mas não descartou uma possível parceria.
“Ainda não conversamos, mas vamos sentar, não tenho dúvidas. Quem vai para uma reeleição como eu, pretende ampliar o arco de alianças. Espero que na próxima semana, após o feriado, possamos conversar. Se não houver divergências, espero que haja uma aliança”, falou.
Perguntado se essa possível aliança afastaria Veneziano e seu grupo, já que Romero e Veneziano são rivais políticos na Rainha da Borborema, João disse acreditar em uma possível aglutinação de ambos no projeto de maneira pacífica.
A declaração reforça a tese de que Romero quer de fato entrar no grupo político de Azevêdo, mas sem pleitear a vaga de vice-governador na chapa, como tem sido esperado por alguns, vaga essa que também é especulada para Veneziano e seu grupo.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba