Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (10), o governador João Azevêdo (Cidadania) reagiu à carta de recuo divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na tarde desta quinta-feira (9), quando pregou pela harmonia entre os poderes. Para o governador, a expectativa agora é que ocorra de fato essa pacificação para que o Brasil volte “minimamente à normalidade”.
“Esperamos que sim. Nós torcemos para que isso ocorra. Afinal de contas, o ambiente que se precisa de convivência civilizada é que fará com que esse país volte minimamente à normalidade. Nós estamos ainda no meio de uma pandemia, nós temos uma crise econômica violenta, nós temos o mapa da fome com o Brasil voltando para ele, as pessoas precisando de emprego, precisando de comida”, avaliou.
Durante a entrevista, João voltou a cobrar o encontro do presidente Bolsonaro com os governadores.
“Esse clima que o Brasil viveu pelo menos até o dia 8 de setembro não interessa a ninguém. Os governadores já apresentaram, inclusive, solicitação de uma agenda, que até agora não foi ainda montada com a Presidência da República, para que a gente possa colocar exatamente isso. O interesse nosso é criar um momento para trazer esperança para o nosso povo, que realmente está muito longe disso”, prosseguiu.
Impeachment
Questionado sobre um possível impeachment de Bolsonaro, João Azevêdo afirmou que não existe “momento bom ou momento ruim” para abertura de um processo de impeachment, e que o mesmo deve ocorrer caso seja comprovado crime de responsabilidade.
“Não existe essa coisa de momento bom ou momento ruim para impeachment. Impeachment é impeachment. Se houve crime de responsabilidade, tem que ser apurado, e se houver indicação para tal, que ocorra. Eu acho que a discussão nesse momento é que precisa ter muita maturidade, porque quem perde, sempre em momentos de crise como esse, é a população”, avaliou.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba