A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, na manhã desta quinta-feira (05), uma sessão especial promovida pela Comissão de Incentivo às Relações Internacionais de Negócios, para debater os mecanismos de exportação de produtos e serviços paraibanos atualmente existentes. O deputado Jeová Campos (PSB) fez questão de participar do encontro, que reuniu diversos órgãos ligados a políticas de promoção e internacionalização da Paraíba, por se tratar de um tema de extrema importância para a geração de riqueza e renda para a população, haja vista o potencial do estado e o interesse de outros países nos produtos locais.
Durante a sessão, ficou evidente que a Paraíba ainda precisa se organizar em torno da Academia, da classe política, das cooperativas, da agricultura familiar e dos órgãos ligados ao setor para fomentar estratégicas que coloquem a Paraíba no cenário internacional. Na oportunidade, o coordenador da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil Nordeste), Sérgio Ferreira, destacou que o órgão tem cerca de 60 projetos de estímulo à exportação que vão desde o mel até games, mas, uma pergunta de Jeová trouxe á tona dificuldade real de fomentação dos negócios.
O parlamentar comentou que o deputado Eduardo Carneiro e a deputada Pollyanna Dutra, presidente e vice-presidente da Comissão, estavam de parabéns pela iniciativa, e que era preciso entender algumas questões como a do mel paraibano. “A assembleia faz um debate estratégico, oportuno, que é tratar da exportação. O que a Paraíba tem que é exportado? Por que o mel da gente é exportado pelo Piauí, como sendo um produto deles e não nosso? A Paraíba produz mel no sertão, na região de Catolé do Rocha, Triunfo, tem grandes produtores. Então, estou dando esse exemplo pra dizer que nosso estado tem potencial para fazer acordo com outros países que, de fato, gere riqueza para o estado, que apoie a produção e que seja uma fonte criadora de trabalho e de receita”, salientou Jeová.
A deputada Pollyanna Dutra, juntamente ao coordenador da APEX, Sérgio Ferreira, explicou que o mel da Paraíba ainda não tem o selo do Serviço de Inspeção Federal, o SIF. O selo autoriza a comercialização do produto fora dos limites do Estado, assim como para a importação. Com a autorização a Paraíba tem a possibilidade de abrir novos mercados e expandir o crescimento do setor. O deputado, então, na presença do presidente da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba – Cinep, Rômulo Polari Filho, solicitou que órgão entrasse na discussão.
“Foi dito aqui que a Paraíba tem a produção de mel de abelha, a indústria têxtil, a água de coco de Sousa, e outros bens, mas ainda não são conhecidos pelo mundo. Falta motivar para produzir e para conseguir vender o produto fora do país. É importante que os órgãos se unam para isso”, disse ele, referindo-se à Cinep e a um conjunto que pode intensificar a exportação no estado e não deixar que a atividade dependa apenas da iniciativa privada.
Segundo o deputado Eduardo Carneio, é preciso que o Governo do Estado priorize a agricultura familiar e que a APEX estimule as casas legislativas a terem uma comissão sobre o tema. “Para que juntos possamos oferecer ao mundo o que há de melhor na Agricultura Familiar, na Energia Solar. O nosso objetivo aqui é vislumbrar possibilidades para trazer negócios e trazer recursos para o estado”, frisou Eduardo Carneiro.
Participaram da sessão especial representantes da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX – Brasil Nordeste); professores e estudantes do Curso de Relações Internacionais da Universidade Federal da Paraíba –UFPB e da Universidade Estadual da Paraíba UEPB. Representantes também do Conselho Regional de Economia , Cinep, Comércio Exterior, Gerência Executiva da Indústria, Secretaria de Turismo da Paraíba, Banco Central, Conselho de Representantes Comerciais, dentre outros.
Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba