Em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, nesta segunda-feira (24), o deputado estadual Jeová Campos (PT) repercutiu as ações de Roberto Jefferson e do deputado estadual Tião Gomes (PSB) acontecidas nesse último fim de semana.
Antes, Jeová defendeu a posição do ex-governador Ricardo Coutinho (PT), que não tomou lado no segundo turno das eleições deste ano, mesmo tendo o seu candidato a governador no primeiro turno, Veneziano Vital do Rêgo (MDB), marchado junto com Pedro Cunha Lima (PSDB) contra o atual governador João Azevêdo (PSB).
“Ricardo Coutinho, tem toda a legitimidade do mundo, nestas eleições, de adotar a posição que adotou. Ricardo não assumiu posição nenhuma e está fazendo a campanha de Lula, que é a posição correta”, disse.
Jeová disse que não tem problema em pedir voto a João, e que o faz por uma “conjuntura política própria”, sem qualquer comprometimento pessoal com o governador.
O deputado revelou também que quando exerceu seu mandato quando Cássio Cunha Lima era governador do estado, a relação entre os dois era de desrespeito. À época líder de oposição do governo Cássio, Jeová disse que o ex-senador o chegou a acusar de pedofilia.
Ele utilizou esse exemplo para afirmar que não apoiaria Pedro Cunha Lima neste segundo turno, mesmo se por acaso fosse uma indicação de seu partido.
Repercutindo os episódios recentes envolvendo Roberto Jefferson e Tião Gomes, Jeová disse que o primeiro não está mais lúcido e que suas ações são, em grande parte, alimentadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Já sobre Tião Gomes, Jeová disse Tião errou na fala, mas que se tivesse pensado antes de falar, não teria usando a frase.
De acordo com o deputado, nenhum dos 36 deputados que foram eleitos nas eleições deste ano gastaram menos que R$ 3 milhões a parte daqueles declarados oficialmente na contabilidade exigida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Para justificar a ‘caixa preta das eleições’, ele pontuou que as campanhas divergem da realidade estabelecida pelos fundos partidários. Ele citou que um parlamentar precisa gastar muito mais que os valores obtidos pelo fundo e, por consequências, aqueles não tiverem um capital para investir a parte disto, ficam de fora do pleito.
“Os custos de uma campanha hoje, que poucos tem coragem de dizer, todos saem devendo e passam mais de três anos pagando as dívidas. Ninguém naquela Assembleia foi eleito sem que tenha gastado menos de R$ 3 milhões para se eleger. Esse valor é por fora e não aparece na contabilidade eleitoral”, disse Jeová ao programa Arapuan Verdade.
Questionado se sairia da política após não conseguir obter êxito como primeiro suplente do senador Ricardo Coutinho (PT), candidato derrotado nas urnas, Jeová afirmou que continuará militando em seu campo, o da esquerda, porém, ainda é incerto quais serão os próximos passos.
“Eu nasci pra ser militante político de esquerda. Se em 12 anos na Assembleia eu não conseguir construir uma ideia dentro do campo da esquerda quando lutei e defendi tantos projetos de políticas públicas. Então eu me dou por satisfeito com o papel que me dediquei como parlamentar”, disse ao reforçar o apoio ao projeto de reeleição do governador João Azevêdo (PSB), neste segundo turno.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba