O Deputado Jeová Campos (PSB) vem demonstrando preocupação com os sucessivos aumentos de tarifas e o momento vivido pelo Brasil. Com os olhos do país voltados para os reajustes na conta de energia, Jeová alerta para outra questão. “O aumento do óleo diesel é um dos pontos mais graves: o combustível subiu 15% em três meses. A consequência disso é que você vai ter uma realidade impactada principalmente no setor de transportes coletivos já que, inevitavelmente, o empresariado não terá como arcar com esse custo e precisará repassar para a população”, afirma.
Ele defende que o Poder Público subsidie esse reajuste para que o aumento não seja absorvido pela população, que já está sentindo um enorme impacto devido a outros aumentos em setores essenciais: “Caso contrário, será inevitável que a população sofra essa consequência”.
Segundo ele, essas são medidas necessárias para um realinhamento de contas e, infelizmente, quem paga é o trabalhador. “A situação das empresas de ônibus é compreensível porque não é só o óleo diesel que está subindo. Os preços de pneus e acessórios também tiveram uma alta. Além disso, fica cada vez mais difícil para o empresariado renovar a frota, pois os preços e formas de pagamento desses veículos também ficaram mais difíceis a partir do início do ano.
Jeová Campos acredita que, se as empresas de ônibus absorvessem, nos custos que têm hoje, o impacto desse reajuste, sem repassar para a população, o serviço de transportes urbanos se tornaria inviável; e insiste que o setor deve ser tratado de forma diferenciada. “Eu não tenho a menor dúvida de que as empresas vão precisar fazer essa recomposição de preços”.
O Deputado ainda alerta para um fato que pode agravar a situação. “A escassez de água vem criando uma bola de neve: causa a falta energia e, consequentemente, a falta de empregos. Eu tenho percebido que as empresas do sudeste estão enxugando contas e isso tem provocado o retorno de muitos nordestinos aos seus estados de origem. Quer dizer, o cidadão volta desempregado e tendo que absorver o impacto de toda essa demanda de aumentos que o país vive.”