orçamento secreto

Jeová Campos chama de “escandaloso” esquema de distribuição de recursos públicos por meio de emendas de relator no Congresso

Uma vergonha, um escândalo sem precedentes. Foi assim que o deputado estadual Jeová Campos avaliou a conduta do Congresso Nacional nesta terça-feira (30) após a Casa ter desafiado o Supremo Tribunal Federal (STF) legalizando o chamado “orçamento secreto” com a aprovação de regras para as emendas de relator.

Jeová Campos chama de “escandaloso” esquema de distribuição de recursos públicos por meio de emendas de relator no Congresso

Uma vergonha, um escândalo sem precedentes. Foi assim que o deputado estadual Jeová Campos avaliou a conduta do Congresso Nacional nesta terça-feira (30) após a Casa ter desafiado o Supremo Tribunal Federal (STF) legalizando o chamado “orçamento secreto” com a aprovação de regras para as emendas de relator. O STF já havia suspendido tal prática argumentando que a conduta fere o princípio da transparência. Jeová afirmou que as ‘emendas de relator’, criadas em 2019, tem ‘comprado’ deputados e senadores na “cara dura”, na frente da população brasileira e do Supremo para que Bolsonaro continue a fazer o Brasil “uma casa da imoralidade pública”.

“É uma promiscuidade escancarada que está sendo usada para que o presidente consiga tudo o que ele quer do Congresso, inclusive não sofrer um processo de impeachment pela Casa. É uma vergonha sem precedentes o que estamos vendo. O presidente fazendo o que bem quer, transformando o país num quintal de negociatas”, protestou o deputado, explicando que a emenda de relator permite a identificação do órgão orçamentário, da ação que será desenvolvida e do favorecido pelo dinheiro, mas não o deputado que indicou a destinação da verba.

Só serve para algo impróprio e censurável

“O nome do parlamentar autor da emenda fica oculto e isso fere a Constituição Brasileira, fere o princípio da publicidade e da transparência”, reitera o deputado que também é advogado. Ele acrescentou que o ‘esquema’ só pode servir para algo que não está conforme deve ser, ou seja, para algo impróprio, indevido e censurável. “O dinheiro pode até ser destinado à base política do parlamentar que apresentou a emenda. Uma verdadeira distribuição do dinheiro público para aliados”, alertou Jeová, concluindo que a liberação de recursos sem critérios é crime de responsabilidade. “Mas, quem vai abrir esse processo? A decisão é do presidente da Câmara”, lembrou o parlamentar.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Ascom