eleições 2022

Janeiro chega ao fim sem que Lula caia nem Bolsonaro suba

A leva de pesquisas de intenção de votos aplicadas em janeiro está próxima do fim sem que se registre nenhuma alteração expressiva no ranking dos atuais pré-candidatos a presidente da República em outubro.

BRASILIA, BRAZIL - NOVEMBER 11: Brazilian President Jair Bolsonaro speaks during the Presentation of Food Donation Program at Planalto Palace on November 11, 2021 in Brasilia, Brazil. The program Comida no Prato aims to connect companies who want to donate food with institutions that are able to receive them for distribution to those in need. The levels of poverty and hunger grew in Brazil in 2020 and 2021, fueled by the effects of the pandemic. (Photo by Andressa Anholete/Getty Images)
BRASILIA, BRAZIL - NOVEMBER 11: Brazilian President Jair Bolsonaro speaks during the Presentation of Food Donation Program at Planalto Palace on November 11, 2021 in Brasilia, Brazil. The program Comida no Prato aims to connect companies who want to donate food with institutions that are able to receive them for distribution to those in need. The levels of poverty and hunger grew in Brazil in 2020 and 2021, fueled by the effects of the pandemic. (Photo by Andressa Anholete/Getty Images)
Photo by Andressa Anholete/Getty Images)

A leva de pesquisas de intenção de votos aplicadas em janeiro está próxima do fim sem que se registre nenhuma alteração expressiva no ranking dos atuais pré-candidatos a presidente da República em outubro. Isso é muito bom para Lula, mais ou menos para Bolsonaro, e ruim para os demais.

Bom para Lula porque é mais um mês que se vai com ele disparado na frente dos seus adversários; mais ou menos para Bolsonaro porque ele segue isolado em segundo lugar, embora a 20 pontos de distância de Lula; ruim para o resto porque nenhum deles por enquanto ameaça ultrapassar Bolsonaro.

O Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) conferiu que se o primeiro turno da eleição tivesse ocorrido nos últimos dias 24 e 25, Lula teria obtido 44% dos votos válidos contra 24% de Bolsonaro, 8% de Ciro, 8% de Moro e 2% de João Doria. Novidade, só o empate entre Moro e Ciro que estava atrás.

O cientista político Antonio Lavareda, presidente do instituto, acha que Lula deve se preocupar mais em manter seu atual contingente de votos (44%) do que fazê-lo crescer. Em 1994 e 1998, Fernando Henrique Cardoso se elegeu presidente no primeiro turno com 36,3% e 33,9% do total de votos, respectivamente.

Em 2002, Lula venceu o primeiro turno com 34,2% dos votos, elegendo-se no segundo ao derrotar José Serra. Quatro anos depois, o percentual de votos de Lula no primeiro turno foi de 37,1%. No segundo turno, ele se reelegeu derrotando Geraldo Alckmin. Lula, no momento, pode ter atingido seu teto de votos.

Acontece justamente o contrário com Bolsonaro, empacado há meses ao redor da casa dos 24% das intenções de voto. Em 2018, votaram nele no primeiro turno 34% do total de eleitores. Hoje, ele tem 10 pontos a menos. Ainda assim, é grande sua vantagem sobre Ciro e Moro, empatados em terceiro lugar.

O Auxílio Brasil, substituto do programa Bolsa Família que começou a ser pago em dezembro passado, não surtiu até agora o efeito de empurrar Bolsonaro para o alto. Nas simulações de segundo turno, não só da pesquisa Ipespe, Bolsonaro perde para Lula por larga margem, para Ciro, Moro, e até para Doria.

O Nordeste é a região que menos vota em Bolsonaro, mas ali ele conserva o que teve no primeiro turno da última eleição. Onde mais perde votos é no Sudeste, não entre os pobres, mas entre os mais ricos e escolarizados, não entre as mulheres, mas entre os homens. Bolsonaro é o candidato mais rejeitado (64%).

Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles