Após cinco meses de tramitação, a proposta de reforma da Previdência entra em fase final e decisiva na Câmara dos deputados, com o início das discussões do texto no plenário principal da Casa. O presidente da Câmara tentará colocar em votação e aprovar texto em dois turnos ainda nesta semana. Para a proposta ser aprovada, são necessários, pelo menos, 308 votos favoráveis.
Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, o deputado federal Gervásio Maia (PSB) reafirmou o voto contrário à proposta do governo e argumentou que o projeto, na opinião dele, retira direitos e vai aumentar a desigualdade social. Ele opinou que o governo deveria cobrar mais imposto de renda dos mais ricos.
“Essa reforma coloca o encargo da tal economia toda na conta dos mais pobres, e representa um retrocesso. Vale dizer, que a nossa seguridade social vem desde 1988 e de lá para cá vivemos mais justiça social. Não quero colocar minhas digitais numa proposta que vai trazer mais desigualdade social, fome e miséria. Eu voto não, com certeza”, ressaltou.
O deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) voltou a defender a reforma como necessária para ajustar a economia e gerar empregos. Ele salientou que alguns pontos devem ser debatidos com cuidado para que os mais pobres não sejam atingidos por medidas duras, mas pediu responsabilidade no debate sobre o tema e rechaçou o que chamou de “populismo”.
“É preciso tratar o tema com mais responsabilidade. Não é possível que alguém consiga assistir ao Brasil ficando para trás e se afundando cada vez mais. Está óbvio que o nosso país não está no caminho certo. Então existe uma narrativa partidária, política e covarde, porque são pessoas que compreendem o momento que o país vive e se fortalece em apenas uma militância”, observou.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba