Em busca de apoio no Senado para ocupar a próxima vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado-geral da União, André Mendonça , buscou se distanciar do presidente Jair Bolsonaro em conversa com a bancada do PT, na quarta-feira, por videoconferência. De acordo com relatos, o indicado para o lugar aberto com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello demarcou aos oposicionistas a diferença entre estar no Executivo, sob o comando do presidente, e na Corte, com independência em relação ao governo.
Segundo os parlamentares, Mendonça disse que será “escravo da Constituição”. A resposta de Mendonça sobre o chefe do Executivo ocorreu diante de questionamentos dos parlamentares sobre sua a postura, enquanto ministro da Justiça, nos episódios em que acionou a Lei de Segurança Nacional para investigar críticos de Bolsonaro. O ato foi duramente criticado no Legislativo e gerou desconfiança sobre o advogado-geral da União.
“Ele (Mendonça) se preocupou em defender o estado democrático de direito. Falou que ser ministro é uma coisa, outra é ser magistrado… Falou em responsabilidade, segurança do país, e que não estará lá para defender interesses do governo”, contou o senador Paulo Paim (PT-RS) ao GLOBO.
Fonte: IG
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