INCONFORMADO: PSDB começa a auditar resultados das eleições de outubro

O PSDB começou no fim da semana passada uma auditoria no resultado das últimas eleições presidenciais com base em dados obtidos com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Pelos próximos dois meses, uma equipe de oito especialistas ficará encarregada de analisar os 30 gygabites de material recebido da Justiça eleitoral.

Dados das urnas foram fornecidos pelo TSE após pedido do partido.

Equipe com oito especialistas deve apresentar resultado em 60 dias.

Do G1, em BrasíliaFernanda Calgaro

O PSDB começou no fim da semana passada uma auditoria no resultado das últimas eleições presidenciais com base em dados obtidos com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Pelos próximos dois meses, uma equipe de oito especialistas ficará encarregada de analisar os 30 gygabites de material recebido da Justiça eleitoral.

 

O acesso aos dados foi solicitado pelo partido quatro dias após o segundo turno do pleito, que deu a vitória para a petista Dilma Rousseff.

Na época, o coordenador jurídico da campanha de Aécio Neves, o deputado Carlos Sampaio (SP), argumentou que o pedido não questionava o resultado das eleições, mas a “lisura” do processo.

Na petição apresentada ao TSE, o PSDB ponderava que a confiabilidade da apuração e a infalibilidade da urna eletrônica estavam sendo colocadas em xeque nas redes sociais e que seria preciso dar uma resposta à população.

Segundo o advogado do PSDB Flávio Henrique Costa Pereira, que coordena a auditoria, ainda não há uma decisão sobre o que será feito caso o resultado aponte alguma irregularidade na apuração dos votos.

“Se houver eventual indício de fraude, isso terá que ser debatido pelos órgãos competentes, mas não é possível falar nada neste sentido agora. Não temos como discutir sem fato concreto”, afirmou ao G1 nesta segunda-feira (19).

Termo de confidencialidade
Até a conclusão da auditoria, ele ressaltou que o partido não poderá divulgar nada sobre a metodologia ou o resultado de análises parciais devido a um termo de confidencialidade assinado entre o PSDB e o TSE.

“Esse termo tem vigência até o término dos trabalhos para evitar especulações”, disse Pereira.
Além do material fornecido pelo TSE, o grupo também se debruçará sobre os dados das eleições que serão solicitados junto a cada um dos 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e mais uma amostragem dos registros de votação em alguns municípios.

Serão escolhidas dez cidades por estado para compor a amostra. A intenção, segundo Pereira, é comparar as informações passadas pelos municípios aos respectivos TREs e depois repassadas ao TSE. “Queremos montar a cadeia toda para fazer a análise”, explica Pereira.

O material enviado pelo TSE ao partido inclui cópias dos boletins de urna de todas as sessões eleitorais do país e informações eletrônicas sobre a transmissão e ao recebimento de todos os dados de apuração