O nome Pedro deriva do grego, Pétros, e literalmente significa “pedra”. Por ironia do destino, Pedro Cunha Lima é uma pedra no caminho de Romero Rodrigues. Por isso, apesar de fazer parte do ninho tucano e manter a cordialidade com os Cunha Lima, o prefeito de Campina Grande tem demonstrado publicamente que prefere o nome de Lucélio Cartaxo ao governo.
Ao justificar, ontem, em entrevista à Rádio Correio, a preferência pelo nome de Lucélio, Romero disse que não era viável dois nomes de Campina Grande indicados para as vagas de governador e senador. Na prática, porém, a preocupação é outra: a presença de Pedro Cunha Lima na chapa majoritária, como candidato a governador, inviabiliza a possível indicação de Micheline Rodrigues, esposa de Romero, à vaga de vice na chapa. Ontem, em entrevista, Romero não descartou essa possibilidade.
Ainda no cenário de Pedro candidato ao governo, sobraria para Romero a alternativa de lançar o nome da esposa ao cargo de deputada federal. Mas esse caminho é mais complicado, haja vista que, confirmando-se Pedro para o governo, existe também a possibilidade de Cássio disputar a Câmara, o que poderia inviabilizar o caminho de Micheline.
Romero leva em consideração, ainda, a candidatura de Bruno Cunha Lima, a deputado federal. Ele se tornou recentemente presidente do partido Solidariedade e já confirmou que deseja voar para Brasília. Esse fator torna ainda mais complicado para Romero lançar a mulher para o legislativo federal.
Pedro também é pedra para as pretensões futuras de Romero quando ele pensa na disputa à Prefeitura de Campina Grande em 2020. Se Pedro perder a eleição em 2018, o caminho natural é que ele participe da disputa pelo paço municipal na Rainha da Borborema, tornando-se um obstáculo para Tovar Correia Lima, o candidato preferido de Romero.
Por isso, Romero deseja mesmo que Pedro e Cássio sejam candidatos à reeleição de seus cargos atuais. Romero prefere um caminho sem pedras, com Lucélio ao governo. Por hora, essa é a tese com mais probabilidade de se concretizar.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Felipe Nunes