Hugo Mota anuncia decisão da CPI da Petrobras em ouvir presos da ‘Lava Jato’ em Curitiba, e ida a Pernambuco, Rio e Londres

O presidente da CPI da Petrobras, deputado federal Hugo Mota (PMDB-PB) anunciou nesta terça-feira, 14, a criação de uma comissão de parlamentares que integram o colegiados para ouvir 19 pessoas que estão em regime de prisão preventiva na Polícia Federal de Curitiba (PR) pela Operação Lava Jato.

i

O presidente da CPI da Petrobras, deputado federal Hugo Mota (PMDB-PB) anunciou nesta terça-feira, 14, a criação de uma comissão de parlamentares que integram o colegiados para ouvir 19 pessoas  que estão em regime de prisão preventiva na Polícia Federal de Curitiba (PR) pela Operação Lava Jato.

O parlamentar informou, ainda, a ida de uma comitiva para visitar Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), no município de  Itaboraí, Estado do Rio de Janeiro; a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Uma comissão poderá ir também a Londres para ouvir o empresário Júlio Faerman, considerado o homem-chave para desvendar o escândalo de corrupção que envolve a maior empresa do Brasil, a Petrobras. Faerman é apontado, em uma denúncia feita por um ex-funcionário da companhia holandesa SBM Offshore, como o lobista responsável por intermediar pagamentos de propina de pelo menos 30 milhões de dólares a funcionários da Petrobras.

Na sessão deliberativa de hoje, os parlamentares que integram o colegiado aprovaram os 56 requerimentos da pauta e um dos 30 da extra-pauta (os outros 29 serão apreciados na próxima reunião, que deverá acontecer ainda esta semana).

“Eu quero poder gastar energia com investigação e não estar todo dia sendo constrangido nas reuniões de que estou protegendo quem quer que seja. Meu compromisso é com a investigação”, revelou o presidente da CPI, dizendo que não vai medir esforços para avançar nos trabalhos.

– Vamos ouvir empreiteiros, pessoas acusados de operar para partidos políticos, mostrarmos que a CPI vai avançar nas investigações para que a gente possa na final termos o resultado esperado dos trabalhos, declarou o parlamentar.

Hugo Mota revelou que na próxima reunião de trabalho da CPI serão discutidos os detalhes dessa diligência a Curitiba. “Todos os 19 presos, as pessoas que que estão em processo de prisão preventiva e que aguardam delação premiada, e que CPI aprovou na tarde de hoje serão ouvidas pelos deputados”.

Se a reunião na capital paranaense será aberta ou fechada, Mota explicou que depende de outras autoridades. Mas assegurou que “vou me esforçar para que seja aberta, com a participação do pessoal imprensa que temos um papel importante no acompanhamento dessas investigações”.

Mota também disse que se der para ouvir todos de uma só vez, a CPI retornará. “Iremos a Curitiba quanta vez for necessária. O que nós queremos é evoluir e ouvirmos quem quer que seja” E disse que não vai restringir a ida dos deputados a Curitiba.

Questionado porque não ouvir os presos no Congresso, o deputado Hugo Mota frisou que “nós entendemos que as instalações da Câmara dos Deputados são bem mais cômodas para parlamentares e imprensa”.

Mas reconhece que há um ato da mesa Diretora que impede de ser ouvidas pessoas em regime de prisão preventiva. “Não vou abri mão da CPI evoluir nas investigações. Vamos investigar independe do ato da mesa. Vamos conversar com o presidente Eduardo Cunha. Mas, independe da decisão do presidente da Câmara, a CPI vai ouvir todos que forem necessários apara elucidação desse processo de corrupção que envolve a Petrobras”, acentuou.

O presidente da CPI da Petrobras também revelou que foi aprovada a ida de uma comissão de parlamentares ao juiz Sergio Moro para tratar da disponibilidade da documentação da Operação Lava Jato que a CPI necessita.

“O importante é estarmos unidos, darmos a as mãos, unirmos esforços para dar prosseguimento ao trabalho, pois nada vai impedir que a CPI pare, ou deixe de investigar ou não escute as pessoas que estão ai com grande envolvimento com corrupção. Não podemos parar”, disse Hugo Mota, acrescentando que em dois meses  a CPI já fez muita mais que as outras que trataram do mesmo assunto.