8 de maio é um dia para celebrar… lá dirão que o tempo, este tempo da pandemia, não está para festas… mas hoje passam 75 anos desde que o nazismo foi derrotado na Europa e essa vontade de celebrar está na capa de vários jornais europeus.
Em Espanha, no El país, que escreve “O dia em que se renderam os nazis”… a capitulação da Alemanha anos marcou o fim do conflito na Europa… na página dois há um artigo sobre o que não acabou a 8 de maio de 1945 uma vez que a guerra ainda continuou na Ásia por mais três meses… Mas na capa do El País há um desenho que aprece tirado de um jornal da época de há 75 anos, uma criança que veste jardineiras segura uma boneca-enfermeira como se de um super-herói se tratasse, os super-heróis habituais como o Batman e o Homem Aranha estão ao lado, no cestro dos papeis, como que arrumados para um canto da história… Mas não é uma foto antiga, é o tributo de um artista, Banksy, aos profissionais de saúde… foi deixado nas paredes de um hospital em Inglaterra… Banksy deixou as palavras: “Obrigado por tudo o que estão a fazer; espero que isto ilumine um pouco este lugar, ainda que esteja a preto e branco”.
Voltemos à guerra… ou ao fim dela. Em França, o Le Quotidien fez um dossiê especial : “Na Europa, a guerra terminou”, com uma foto de época, esta sim. Gente a festejar o fim do conflito… o Petit Quoltidien também com uma foto a preto e branco de gente a ler um jornal que fala da capitulação alemã, o Petit Quotidien escreve “hoje festejamos o fim de uma guerra terrível na Europa, há 75 anos”.
O Daily Mirror, em Inglaterra, chama-lhe um Dia de Esperança, também com uma fotografia estilizada na capa, com crianças a festejar e muitas bandeiras do Reino Unido.
O Guardian traz um veterano da 2ª Guerra Mundial, vestido a preceito, várias medalhas ao peito, “veteranos recordam a alegria da vitória há 75 anos”.
No jornal alemão Rheinische Post, o Correio do Reno, há uma foto de uma cidade alemã destruída, é Wesel, na região de Dusseldorf. A foto vem acompanhada do título “Liberdade para o futuro”.
De resto, continua a haver muita covid-19 nos jornais do mundo.
Regresso ao britânico Guardian para contar o que leio na capa do lado esquerdo “Medo que o Nr.10 (referência ao gabinete do primeiro-ministro) tenha perdido o controlo dos planos de saída do confinamento… deixem-me só dizer que por cima desta notícia, no canto superior há uma homenagem à banda alemã Kraftwerk, depois da morte esta semana de Florian Schneider.
No italiano Corriere Della Sera lemos em manchete, “Abertura, choque com as lojas”, com o comércio que quer reabrir a 11 de maio, segunda-feira, o governo trava-lhes os planos e planeia a reabertura para não antes de dia 18.
No 24 Ore, “Empréstimos, o prazo aumentará para 10 anos”.
Nos jornais franceses, os planos de desconfinamento do governo de Édouard Philippe… o Le Parisien põe na capa uma foto de perfil do primeiro-ministro e a frase “Desconfinados: o que muda a partir de segunda-feira”.
No Fígaro, “Édouard Philippe entreabre a porta”… o editorial do Fígaro chama-lhe, sem que queira dizer que é contradição nos termos, “liberdade vigiada”.
O El Periódico da Catalunha fala na adaptação do ensino à pandemia… é “A Escola do Vírus”.
O Voz da Galiza diz que a maior parte do território galego deixa de ter horários para sair.
O ABC diz que no diálogo para a reconstrução do país o governo exclui o debate sobre as liberdades.
Também muito crítico para com o executivo de Pedro Sánchez, o La Razon diz que foi enviado um mail aos funcionários do BOE, o Boletim Oficial de Espanha, equivalente ao português Diário da República, foi enviado da sede do governo na Moncloa um mail recordando dos deveres de confidencialidade… o La Razón diz que se trata de “silenciar las chapuzas”, os desleixos.
Regresso ao El Pais para contar que ademissão da diretora de saúde abre uma crise na Comunidade de Madrid… a especialista negou-se a assinar uma polémica petição da presidenta Diaz Ayuso (do Partido Popular) para passar a região para a chamada fase 1.
No USA Today, “Reabrindo, apesar dos modelos terríveis” é a manchete que fala em projeções de quase meio milhão de mortos nos Estados Unidos.
Nos jornais chineses em língua inglesa, o Global Times diz que a China resiste a orientações politicamente motivadas.
O Shangai Daily fala nos planos de transformação digital desta grande cidade chinesa… até 2022 Shangai vai ter 100 fábricas autónomas… autónomas quer dizer… sem gente.
O China Daily, jornal oficial, diz que o papel da ciência é enaltecido na luta contra a pandemia.
O West Australian na Austrália faz manchete com um caso de pornografia infantil numa escola… top… em Perth… o secretário da administração enfrenta 15 anos de cadeia depois de acusação de “vídeos abomináveis”.
O Dia, no Brasil, diz que as mortes crescem mas o governador Witzel descarta o lockdown, assim em inglês e tudo, para falar no confinamento, na quarentena.
Em Angola o jornal O País fala na diabetes e diz que Angola tem apenas 11… onze… endocrinologistas para 30 milhões de habitantes. Pacientes não controlados têm risco de infeção pelo novo coronavírus.
O Jornal de Angola diz que o Estado de emergência não deve ser desigual.
O Economia & Finanças diz que o mercado regista fartura de alimentos essenciais, apesar da procura devido ao impacto da pandemia e o Macau Hoje faz a capa com um carrinho de supermercado cheio de compras e duas palavras: barriga cheia.
Fonte: TSF
Créditos: TSF