Em uma mensagem reflexiva, o deputado estadual Hervázio Bezerra (PSB) criticou a resistência por parte do governo federal e do presidente Jair Bolsonaro (PL) em aplicar vacinas contra a Covid-19 em crianças entre 5 e 11 anos, medida autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em meados de dezembro.
Hervázio classificou essa resistência, também feita pelo ministro da Saúde, paraibano Marcelo Queiroga, de “posição radical, intransigente e ao meu ver insana”.
“Difícil descrever meu sentimento, tristeza e lamentação em face dessa nova batalha […]. Por dádiva de Deus surgiu a vacina. Surge portanto a trágica e triste posição radical do presidente da república em resistir adquirir a vacina”, escreveu, descrevendo os fatos em ordem cronológica e afirmando que o governo federal comprou as vacinas em um primeiro momento apenas após pressão.
Em seguida, o deputado fala na eficácia dos imunizantes, que reduziu o número de mortes pela doença no mundo todo, até mesmo após o surgimento de novas variantes do coronavírus. Posteriormente, Hervázio falou da vacinação nas crianças e criticou a postura do governo federal.
“Refiro-me a mais uma posição radical, intransigente e ao meu ver insana do governo Federal em resistir de todas as formas em aplicar vacina em crianças. Registro aqui, minha decepção, tristeza e irresignação”, escreveu.
Mesmo autorizada em dezembro, a vacinação nessa faixa etária deve ocorrer apenas em 2022, uma vez que a vacina para este público tem diferenças em relação à que está sendo aplicada nos adultos. O governo federal terá que comprar uma versão específica do produto com dosagens e frascos diferentes, apesar de o princípio ativo ser o mesmo. O imunizante autorizado foi o da Pfizer.
O ministério da saúde afirmou que iria recomendar que crianças nessa faixa etária fossem vacinadas apenas com prescrição médica e após assinatura de um termo de consentimento dos pais. Ainda, o governo federal abriu uma consulta pública para saber da população o que acha sobre a vacinação nesse grupo etário. O secretário estadual de saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, disse, no entanto, que não irá exigir prescrição médica para vacinar crianças.
Leia na íntegra a mensagem de Hervázio Bezerra:
Ontem em repouso em minha residência e assistindo e acompanhando pela TV noticiários de televisão abertas e canais fechados. Difícil descrever meu sentimento, tristeza e lamentação em face dessa nova batalha, governo Federal/Anvisa/governadores/prefeitos/autoridades sanitárias. 2 anos de Pandemia. Mortes, sofrimento, pânico ao mundo. Por dádiva de Deus surgiu a vacina. Surge portanto a trágica e triste posição radical do presidente da república em resistir adquirir a vacina. O clamor, a pressão popular e de noventa por cento da imprensa nacional, políticos, autoridades das mais diferentes esferas, incluam-se, magistrados, governadores, prefeitos, classe médica, CPI etc…. O governo não suporta a pressão e passa a adquirir a vacina. Está provado e comprovado que a vacina foi e é a única chance da humanidade na preservação da vida. O mundo em alerta com o aparecimento de novas Cepas. Mais uma vez, provada e comprovada a eficiência da vacina. Em alguns países aumento no número de casos, porém, estabilidade ou diminuição do número de mortos. Por mais uma vez, segundo autoridades sanitárias do mundo inteiro, esse fator tem tudo a ver com a vacina. Refiro-me a mais uma posição radical, intransigente e ao meu ver insana do governo Federal em resistir de todas as formas em aplicar vacina em crianças. Registro aqui, minha decepção, tristeza e irresignação. Deputado Hervázio Bezerra
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba