A campanha eleitoral de Jair Bolsonaro no Nordeste segue rendendo. Nos grupos de WhatsApp bolsonaristas, circula um vídeo com montagem de imagens do presidente em sua visita a São Raimundo Nonato, no Piauí, saudado no aeroporto, sendo carregado, montando em uma égua e acenando para o público com chapéu de cangaceiro.
As imagens são intercaladas por supostas reações espontâneas de gente do povo ao “galego grande”, “alto”, um “hómi do povo”. Até a expressão de Barack Obama destinada a Lula – “esse é o cara” – é usada para mostrar a construção de um encantamento do nordestino com o “jeitão” de Bolsonaro.
Na construção da figura messiânica, típica do populismo que Bolsonaro abraça sem reservas, não faltam elogios à suposta invencibilidade do político. Um dos locutores diz que ele “não tem medo de facada”, por isso anda sem seguranças e se mistura ao povo, e outro diz que ninguém mais ganha de Bolsonaro no Brasil.
Todos esses atributos correspondem à ideia que os políticos têm do que os nordestinos procuram em um líder. As imagens de um Bolsonaro nos braços do povo remetem às usadas por Lula durante décadas a fio, nas caravanas pelo Nordeste e nas visitas que fazia à região na época em que era presidente, usadas à exaustão pelo marqueteiro João Santana nas campanhas.
Fonte: BR Político
Créditos: Polêmica Paraíba