O governo Bolsanaro está operando para que a Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado mude sua composição para facilitar a aprovação do nome de Eduardo Bolsonaro como embaixador do Brasil nos EUA. A ideia é garantir dois votos além dos já esperados.
Segundo Renato Onofre e Amanda Pupo, do Estado de S. Paulo, o governo pretende fazer duas alterações: a primeira seria a do PSDB ceder uma de suas cadeiras na comissão para Flávio Bolsonaro (PSL-RJ); já a segunda se trata da indicação de um parlamentar favorável a Bolsonaro para a vaga ociosa do bloco MDB, PP e PRB.
Em levantamento do Estadão, dos 17 membros da CRE, seis se declararam contrários à indicação de Eduardo enquanto sete são favoráveis. Outros três não quiseram comentar e um não se manifestou.
Entre os que não aprovam está Mara Gabrilli (PSDB-SP), que forma a bancada tucana na comissão junto de Antonio Anastasia (MG), que se mantém neutro. A manifestação da senadora fez o Planalto se mobilizar para impedi-la de votar. Em conversa com o líder do partido na Casa, Roberto Rocha (PSDB-PA), bolsonaristas tentam substituí-la por Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), seu suplente, no dia da votação.
Outro alvo dos aliados de Bolsonaro é a última vaga do bloco MDB, PP e PRB: os partidos indicaram apenas quatro dos cinco postos na CRE e se busca colocar mais um aliado para melhorar o placar. Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo, e Mailza Gomes (PP-AC) são cotados.
Fonte: Revista Fórum
Créditos: Redação Revista Fórum