O Ministério da Saúde, sob gestão de Marcelo Queiroga, gastou até 33,2% a mais em cápsulas do Tamiflu, medicamento contra gripe que não tem eficácia para a Covid-19. A pasta comprou 28 milhões de cápsulas e pagou até R$ 5,33 por dose, ante R$ 4 antes da pandemia. Ao todo, o gasto com o medicamento foi de R$ 125 milhões. A informação é da Folha de S.Paulo.
No portal do governo, o Tamiflu foi incluído em nota sobre o chamado “tratamento precoce” contra a Covid-19. A droga aparece ao lado de cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina, todas elas sem eficácia para a doença.
O ministério afirma que o medicamento seria usado dentro da estratégia de combate à Covid-19. De acordo com a pasta, o remédio seria útil para evitar superlotação de hospitais por síndromes respiratórias decorrentes do vírus da gripe e do H1N1.
Em nota publicada no dia 30 de julho de 2020, a orientação era de que o medicamento deveria ser recomendado para crianças com sintomas leves, moderados e graves, com o propósito de “exclusão de influenza”. O texto substituiu outros dois protocolos do tipo, sendo que um deles, de maio, não recomendava o Tamiflu.
Outros protocolos também recomendam o medicamento para gestantes com gripe e para pacientes com síndromes respiratórias até que um teste aponte infecção pelo coronavírus.
Fonte: Revista Fórum
Créditos: Revista Fórum