Conferência

Em carta assinada por João, governadores do Nordeste rebatem Bolsonaro: 'Agressões e brigas não salvarão o país'; LEIA

A carta foi subscrita, também, pelo governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania). "Agressões e brigas não salvarão o País", escreveram.

Em carta conjunta divulgada na tarde desta quarta-feira (25), após conferência realizada remotamente, os nove governadores do Nordeste classificaram como ‘gravíssimo’ o momento político vivido pelo país e cobraram medidas do Governo Federal para o enfrentamento do novo coronavírus, o Covid-19, classificado por eles como “um adversário a ser vencido com muito trabalho, bom senso e equilíbrio.”

A carta foi subscrita, também, pelo governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania). “Agressões e brigas não salvarão o País. O Brasil precisa de responsabilidade e serenidade para encontrar soluções equilibradas. É um momento de união, de se esquecer diferenças políticas e partidárias. Acirramentos só farão prejudicar a gestão da crise”, disseram os governadores oposicionistas.

Os governadores revelaram ‘frustração’ com o pronunciamento do presidente. “Ficamos frustrados com o posicionamento agressivo da Presidência da República [ontem à noite], que deveria exercer o seu papel de liderança e coalizão em nome do Brasil”, dizem.  Eles completaram que vão continuar “adotando medidas baseadas no que afirma a ciência seguindo orientação de profissionais de saúde, capacitados para lidar com a realidade atual” e “manter as medidas preventivas gradualmente revistas de acordo com os registros informados pelos órgãos oficiais de saúde de cada região”, ressaltaram.

Leiam a carta na íntegra a seguir. 

Em conferência realizada na tarde desta quarta-feira, 25 de março de 2020, nós governadores do Nordeste pactuamos:

1 – O momento vivido pelo Brasil é gravíssimo. O Coronavírus é um adversário a ser vencido com muito trabalho, bom senso e equilibro;

2 – Vamos continuar adotando medidas baseadas no que afirma a ciência seguindo orientação de profissionais de saúde, capacitados para lidar com a realidade atual;

3 – Vamos manter as medidas preventivas gradualmente revistas de acordo com os registros informados pelos órgãos oficiais de saúde de cada região;

4 – É um momento de guerra contra uma doença altamente contagiosa e com milhares de vítimas fatais. A decisão prioritária e a de cuidar da vida das pessoas, não esquecendo da responsabilidade de administrar a economia dos estados. É um momento de união, de se esquecer diferenças políticas e partidárias. Acirramentos só farão prejudicar a gestão da crise;

5 – Entendemos que cabe ao Governo Federal ação urgente voltada aos trabalhadores informais e autônomos. Agressões e brigas não salvarão o País. O Brasil precisa de responsabilidade e serenidade para encontrar soluções equilibradas;

6 – Ao mesmo tempo, solicitamos a necessidade urgente de uma coordenação e cooperação nacional para proteger empregos e a sobrevivência dos mais pobres;

7 – Ficamos frustrados com o posicionamento agressivo da Presidência da República, que deveria exercer o seu papel de liderança e coalizão em nome do Brasil.

Assinam esta carta:

Rui Costa
Governador da Bahia

Renan Filho
Governador de Alagoas

Camilo Santana
Governador do Ceará

Flávio Dino
Governador do Maranhão

João Azevedo
Governador da Paraíba

Paulo Câmara
Governador de Pernambuco

Wellington Dias
Governador do Piauí

Fátima Bezerra
Governadora do Rio Grande do Norte

Belivaldo Chagas
Governador de Sergipe

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba