Ao pedir a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares durante a audiência de custódia, nesta sexta-feira (20), um dos argumentos apresentados pela defesa do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) foi o fato de que, na penitenciária de segurança média Hitler Cantalice, estariam detidas pessoas que decidiram colaborar com a Justiça e estão fazendo delação premiada. O advogado Eduardo Cavalcanti requereu que o ex-governador fosse transferido para o 5º Batalhão da Polícia Militar, como medida necessária para a segurança do ex-governador.
“Requer-se de vossa excelência que o senhor Ricardo Coutinho não seja encaminhado para a penitenciaria média Hitler Cantalice, onde estão os demais presos, por vários motivos. Primeiramente, o ex-governador foi prefeito por dois mandatos, foi governador por dois mandatos, concluindo o seu mandato e não concorrendo a cargo público. Como nossa Constituição Federal exige a preservação da integridade física e psicológica, não é plenamente compreensível que o ex-governador, mesmo que fique isolado, ele esteja no mesmo local de outras pessoas, inclusive pessoas que fizeram colaboração premiada”, disse o advogado.
O requerimento foi negado pelo juiz Adilson Fabrício, que endossou os argumentos do Ministério Público. O magistrado perguntou ao advogado sobre os nomes dos presos que porventura pudessem trazer riscos ao ex-governador, mas o jurista não respondeu ao questionamento. Entre os presos da sétima fase da Calvário, estão o ex-secretário de saúde Waldson Souza, o ex-procurador geral Gilberto Carneiro, Coriolano Coutinho, secretário Arthur Viana, Vladmir Neiva, Francisco Ferreira.
Nos bastidores do mundo político-jurídico, aventa-se a possibilidade de que os dois principais nomes, Waldson Souza e Gilberto Carneiro, possam estar entre os que podem estar aderindo à delação premiada.
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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba