O general do Exército da reserva Oswaldo Ferreira desistiu de assumir o Ministério da Infraestrutura, que será criado no governo Jair Bolsonaro juntando as áreas de transportes, portos, aviação civil, ferrovias, saneamento, recursos hídricos e mobilidade urbana. Com a desistência de Ferreira, o novo cogitado para a pasta passou a ser o general também da reserva Jamil Megid Júnior, nomeado na terça-feira, 14, para a equipe de transição.
O Ministério da Infraestrutura não englobará Minas e Energia, que permanecerá independente, porque já comanda segmentos considerados estratégicos, como petróleo, mineração e gás. O nome mais cotado para essa pasta é de Paulo Pedrosa, ex-secretário executivo do ministério, que deixou o cargo em abril deste ano, após a entrada do atual ministro Moreira Franco.
O Ministério da Infraestrutura também não terá a área de Comunicações que, no último desenho, estava lotada no Ministério da Ciência e Tecnologia, mas ganhará a estrutura para tocar as obras que estão paradas, principalmente no Nordeste, além de incluir projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). É com estas obras no Nordeste que o governo Bolsonaro quer mudar o perfil da região, com a promessa de tirar foco do assistencialismo e partir para o desenvolvimento.
O general Megid foi vice-chefe do Departamento de Engenharia e Construção do Exército (DEC). Trabalhou na segurança da Rio +20, na Jornada Mundial da Juventude, na Copa do Mundo e nas Olimpíadas de 2016. Antes, foi coordenador-geral do Comitê Organizador dos Jogos Mundiais Militares, em 2011.
Fonte: Estadão
Créditos: Estadão