ROMBO GRANDE

"Fundo de Pensões virou máquina de corrupção", dispara presidente da CPI, Efraim Filho

Efraim Filho disse que o presidente da Previ, na verdade, reconheceu somente no ano de 2015 um déficit de aproximadamente R$ 16 bilhões.

Deputado federal prevê que rombo pode ser maior do que o do ‘Petrolão’ e do ‘Mensalão’; só na Previ, déficit em 2015 chegou a R$ 16 bilhões

efraim

O presidente da CPI dos Fundos de Pensão, o deputado federal Efraim Filho (DEM), afirmou que o rombo apurado por essa Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara Federal será maior do que os identificados em esquemas como o ‘Petrolão’ e o ‘Mensalão’. “Foi montada uma verdadeira máquina de corrupção para financiar projeto do governo e do PT”, denunciou. Veja vídeo abaixo.

O presidente da Previ, Gueitiro Matsuo Genso, participou da audiência pública na terça-feira (22) na CPI. Ele explicou que o tipo de gestão feita pela instituição leva a uma baixa ingerência em seus investimentos. Segundo ele, as áreas técnicas apontam os investimentos e a decisão está sob responsabilidade de diretores, que são eleitos pelos beneficiários. “Eles levam aos outros diretores, e o comitê gestor decide por consenso. Nunca foi usado o voto de minerva, que cabe ao presidente, para decidir sobre investimentos”, afirmou.

Efraim Filho disse que o presidente da Previ, na verdade, reconheceu somente no ano de 2015 um déficit de aproximadamente R$ 16 bilhões. “Ou seja, os aposentados brasileiros começam a ter receio de ter um xeque-mate em seus proventos. Eles estão comprometidos em virtude de gestões temerárias ou fraudulentas”, disse.

O presidente da CPI dos Fundos de Pensão avalia que alguns investimentos poderiam ser melhores, principalmente em relação à participação dos fundos na Invepar, empresa de concessões de infraestrutura de transportes, como rodovias, metrôs, e aeroportos. “O preço da concessão foi muito alto, e isso gera uma margem de lucro muito pequena, o que dificulta o retorno dos investimentos”, disse.

Ele afirmou que já se identificou nos fundos de pensão o aparelhamento das instituições, o tráfico de influência e o desvio de finalidade. “Somado esse déficit da Previ com outros fundos, chegamos a um déficit de mais de R$ 43 bilhões”, comentou.

Segundos os dirigentes da Previ, R$ 13 bilhões foram perdidos apenas com a desvalorização das ações do Banco do Brasil, Vale, Petrobras, Bradesco e Neoenergia, uma empresa de geração e distribuição do setor elétrico que atua principalmente no Nordeste.

Fonte: portal Correio
Créditos: Hermes de Luna