PEDINDO PROTEÇÃO

"FUI MUITO AMEAÇADO": Com medo, Miranda chega à CPI de colete à prova de balas e bíblia na mão

 

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou, nesta sexta-feira, (26), antes de entrar para depor à CPI da Covid, que, apesar de ter requisitado o comando do colegiado, a Polícia Federal não deslocou policiais para a proteção dele e do irmão, Luis Ricardo Miranda.

Miranda disse a jornalistas que está sendo “atacado por falar a verdade”. “Fui muito ameaçado pela insanidade do Onyx em colocar a população contra mim por denunciar irregularidades, que não são contra o governo. Inclusive, parlamentares disseram que eu mereço é escuridão eterna”, afirmou.

O parlamentar foi o primeiro a chegar ao Senado. Com uma Bíblia na mão, Miranda vestia um colete à prova de balas por, segundo ele, não estar se sentindo seguro. “Depois que eu estiver lá dentro, me sinto seguro”, prosseguiu.

O irmão do deputado, que é servidor do Ministério da Saúde, não havia chegado ao Senado até a última atualização desta reportagem. Durante a sessão, que foi suspensa por 15 minutos, o presidente Omar Aziz (PSD-AM) informou que Luis Ricardo está no Aeroporto Internacional de Brasília e aguarda para se dirigir à comissão.

Na quarta, (23), o vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a comissão iria requisitar segurança aos irmãos Miranda.

“As informações que o deputado está declinando à imprensa e que trará a esta CPI são de extremo interesse público. Sua vida e de sua família precisam estar resguardadas”, defendeu o senador na ocasião.

Os irmãos Miranda prestam depoimento à CPI nesta tarde para falar sobre suspeitas na compra da vacina Covaxin contra a Covid-19.

Luis Ricardo foi ouvido pelo Ministério Público Federal (MPF) como parte de um inquérito que investiga suposto favorecimento na negociação das vacinas e relatou ter sofrido pressão atípica de superiores para acelerar a importação da Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech.

O parlamentar afirmou que encaminhou áudios e mensagens a ajudantes de ordem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que comprovariam que ele e o irmão, que é chefe de importação do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde, denunciaram a pressão pela compra da Covaxin, antes de a confirmação chegar ao MPF.

Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba