O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) disse ao blog que irá confirmar na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News que a campanha de Bolsonaro trabalhou com uma “milícia digital”.
Frota foi eleito quando filiado ao PSL. No início do mandato, atuava muito próximo da líder do governo no Congresso, Joice Hasselman (PSL-SP), afastada recentemente do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro.
Foi expulso do partido em agosto, depois de desentendimentos com o guru bolsonarista, Olavo de Carvalho, e os filhos do presidente, além de ter-se negado a votar a favor do governo no segundo turno da reforma da Previdência na Câmara.
Ele será o primeiro a depor na CPMI.
“Vou falar toda a verdade do que vi e ouvi nesses anos todos. Principalmente na época das eleições. Vivi intensamente esse processo todo da eleição do Bolsonaro. Essa milícia digital é conhecidíssima. Acho que vou poder ajudar bastante, esclarecer muita coisa”, disse.
No Twitter, Frota postou que os tais milicianos “estão com cargos, fingindo que são assessores parlamentares, mas não são. Acho que a partir de agora é sal”.
Ele disse que apontará os “covardes que atacam quem não aceita fazer parte da seita bolsonarista e olavista”. E arrematou no Twitter: “Já sabemos disso, já sabemos quem é quem.”
Num dos twits postado hoje ele conclama Joice, que também foi convidada a depor na CPMI a revelar fatos “de Curitiba” que, segundo afirma, poderiam causar uma crise: “Joice, sei que é forte, mas mete a boca e fala de Curitiba. Acho que a casa cai geral.”
Ao blog ele não citou nomes. Sua estratégia é guardar algum suspense para o depoimento.
Em tempo: Curitiba é a sede da Operação Lava Jato, comandada pelo então juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça, e pelo procurador Deltan Dallagnol.
Fonte: Uol
Créditos: Uol