Ao transformar em colunista um jovem imberbe com idade e experiência jornalística para não ser mais que um trainee, apenas porque formou um certo Movimento Brasil Livre, dando a entender que livre o Brasil não é, o que é no mínimo um absurdo em plena democracia e convocar cidadãos do bem e do mal a marchar nas ruas para derrubar a presidente Dilma, abrindo espaço, assim, para multiplicar sua mensagem que só desagrega o país, mina a democracia e propõe a ruptura, num momento delicado da economia brasileira, a Folha de S. Paulo não só presta um desserviço ao país, contradizendo sua máxima “um jornal a serviço do Brasil”.
A Folha dá um tapa em todos os jornalistas, que enfrentam, para variar uma trágica crise de desemprego generalizado, dá um tapa em seus colunistas de estofo como Carlos Heitor Cony, Ferreira Gullar e outros, cujas crônicas serão lidas no mesmo jornal que as dele e também nos do passado, como Samuel Wainer e Claudio Abramo.
Pior do que isso: num momento em que o impeachment tem tudo para ser esquecido, o que poderá vitaminar a combalida economia nacional, o jornal coloca lenha na fogueira, cutuca a onça com vara curta, na esperança de ver o circo pegar fogo. Atitude típica de pessoa jurídica que acha que vai escapar das labaredas. Conhecido por ter sido, há 30 anos, o porta-voz das Diretas Já o jornal corre o risco de ser mais associado, de agora em diante, à Direita Já.
Brasil 247