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Flávio Bolsonaro descarta se afastar do mandato e acusa MP de vazar dados para Globo

O senador ainda afirmou que não vai renunciar ao cargo, questão que foi ventilada em Brasília nessa semana.

Em entrevista concedida ao SBT nesta quinta-feira (24), o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou que não vai renunciar ao mandato para proteger o governo federal. O filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ainda acusou o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) de vazar informações contra ele para a TV Globo.

“Olha, estavam conversando na mesma mesa o procurador do MP que está cuidando desse caso do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeira) e um repórter da Globo. Isso foi há poucos dias no Rio de Janeiro”, afirmou Flávio, mostrando à câmera duas fotos nas quais o repórter Otávio Guedes está conversando com o procurador José Eduardo Gussem sentados a uma mesa em um restaurante.

O senador ainda afirmou que não vai renunciar ao cargo, questão que foi ventilada em Brasília nessa semana. “É uma mentira, nem sei de onde surgiu essa história. Vou tomar posse e trabalhar muito. Não vou me afastar, e quero aproveitar a oportunidade para falar da grande perseguição que estou sofrendo”.

Como em outras entrevistas, Flávio Bolsonaro reiterou que a investigação do Ministério Público “tem muitas coisas estranhas, ilegalidades flagrantes, claras”. Segundo Bolsonaro, seu sigilo foi quebrado, argumento que já foi contestado pelo MP-RJ.

Também foi suscitado na entrevista um suposto elo entre o senador e policiais militares investigados por fazerem parte de milícias. Na última terça-feira (22), o jornal Folha de S. Paulo revelou que Flávio empregou em seu gabinete na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) a mãe e a mulher de um ex-policial militar suspeito de comandar milícias no Rio de Janeiro.

“Eu sou contra as milícias. Sempre fiz a defesa dos servidores da segurança pública, mas sou contra qualquer tipo de estado paralelo”, afirmou o senador eleito. Outra reportagem da Folha mostrou que Flávio já prestou homenagens na Alerj a policiais que viriam a ser acusados de integrar milícias.

“Já ofereci centenas de homenagens para policiais, essa informação veio agora. Nos casos que estão gerando essa discussão, foram situações específicas. Acho que não tem problema nenhum, tem que homenagear os policiais que se destacam”, argumentou o senador eleito.

Fonte: UOL
Créditos: UOL