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Filha de Fernandinho Beira-Mar assume vaga de vereadora

Fernanda disputou em 2020 sua segunda eleição —ela já havia tentado se eleger vereadora na cidade em 2016, pelo PP, mas não conseguiu uma vaga na Câmara.

A dentista Fernanda Costa (MDB-RJ), filha do traficante Fernandinho Beira-Mar, assume hoje uma cadeira de vereadora em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ela é a primeira suplente do partido e ocupará o posto após o prefeito Washington Reis, também do MDB, ter nomeado um dos membros da bancada como secretário.

Fernanda Costa, 45, recebeu 3.999 votos e foi a oitava vereadora mais votada do MDB no município —que tem 855 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e é terceiro maior colégio eleitoral do Rio de Janeiro.

Ela assumirá o mandato na vaga de Sandro Lelis, ex-presidente da Câmara Municipal da cidade, que irá comandar a Secretaria Municipal de Serviços Públicos. A informação foi confirmada em nota pela Prefeitura de Duque de Caxias. A posse ocorre nesta tarde.

“A Prefeitura de Duque de Caxias informa que o vereador eleito Sandro Lelis, ex-presidente da Câmara Municipal da cidade, foi nomeado secretário municipal de Serviços Públicos. Sua cadeira na Câmara passará a ser ocupada pela dra. Fernanda Costa, cirurgiã dentista, candidata eleita que toma posse no plenário da Casa nesta segunda-feira (04/01), às 15h”, afirma o texto.

Fernanda disputou em 2020 sua segunda eleição —ela já havia tentado se eleger vereadora na cidade em 2016, pelo PP, mas não conseguiu uma vaga na Câmara.

Fernandinho Beira-Mar é um dos maiores traficantes de drogas do país, e é considerado um dos principais líderes do CV (Comando Vermelho), maior facção de tráfico do Rio. Ele é oriundo da favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, da qual herdou o nome, e expandiu seus negócios para outras comunidades do estado e até mesmo para rotas internacionais de tráfico de drogas.

Foragido da Justiça brasileira desde 1997, quando fugiu da prisão, o traficante foi capturado em 2001 na Colômbia, pelo Exército do país. Sua transferência para o Brasil se tornou um grande fato político: o então governador Anthony Garotinho e a Polícia Federal travaram uma disputa para definir quem faria a transferência do chefe do tráfico. Garotinho chegou a enviar o secretário de Segurança do Rio, Josias Quintal, à Colômbia, mas Beira-Mar acabou conduzido pela PF em um avião da FAB (Força-Aérea Brasileira). Ele foi levado para Brasília.

Fonte: IG
Créditos: IG