Famílias da comunidade Dubai clamam por dignidade e direito à moradia - VEJA VÍDEO

O que você faria, se você, trabalhador e trabalhadora, depois de todas as dificuldades já vividas, acordasse de madrugada com sua casa sendo invadida e destruída, tendo os bens que você conseguiu juntar com muito sacrifício sendo jogados na rua e quebrados, sendo tratados como bandidos e traficantes, sendo acuado pelas autoridades e obrigado a sair com o que pudesse recolher com suas próprias mãos? O que você faria?

E se depois, o pouco que lhe restou fosse amontoado num ginásio com muitas outras famílias que não tem pra onde ir e fosse obrigada/o a dormir no chão, sem segurança, sem privacidade, sem higiene adequada, sem amparo digno dos órgãos públicos? O que você faria?

A indignação tomou conta das pessoas que acompanharam o modo como a prefeitura efetuou a operação de desocupação da Comunidade Dubai em João Pessoa. O vereador Marcos Henriques (PT) visitou o local onde foram alojadas as famílias retiradas da comunidade, conversando com as pessoas, e viu o quanto o problema do déficit de moradia popular atropela o direito e a dignidade da população.

“Ouvimos depoimentos comoventes, histórias de indignação e tristeza, vimos o quanto precisamos que a gestão abra os olhos para as demandas da população mais vulnerável, que só cresce, em meio a esse cenário aterrorizante implementado pelo governo central, cancelando programas sociais, retirando investimentos das áreas de atendimento básico. Importante ressaltar que estivemos presentes como Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Direito do Consumidor da Câmara Municipal de João Pessoa, acompanhado parlamentares e autoridades, inclusive tivemos a informação que durante o ENEM as famílias ali alojadas, teriam o direito de ir e vir restringido, o que é inadmissível, atos como esse se compara aos campos de concentração durante o nazismo.”, escreveu Maroos Henriques.

Melhor abrir os olhos, para um problema que só aumenta e terá sérias consequências em um futuro próximo, se ações públicas não forem implementadas com urgência.

Estaremos cobrando ações dos órgãos responsáveis, para que possamos resolver essa situação, que só tende a piorar se nenhuma providência urgente for tomada pelas autoridades.