Saúde, Educação, Segurança, essas foram apenas algumas das inúmeras mudanças que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), realizou no primeiro escalão de seu governo. Os ministérios da saúde e educação, dois dos mais importantes do governo federal foram os mais atingidos até hoje, envolvimento em polêmicas e desentendimento com Bolsonaro foram algumas das causas que culminaram na saída dos ocupantes destes ministérios.
O primeiro ministro a ser demitido do governo Bolsonaro foi Gustavo Bebianno, ex-ministro da Secretária-geral em 18 de fevereiro de 2019. Até a demissão de Teich, ele tinha sido o ministro a passar menos tempo ocupando o cargo, com 48 dias.
Bebianno foi um dos principais aliados de Bolsonaro durante o período eleitoral. Ele foi demitido após desentendimentos com Carlos Bolsonaro, filho 02 do presidente e vereador do Rio de Janeiro, e também por ter tido o nome em uma investigação de candidaturas laranjas do PSL durante as eleições de 2018.
Veja, abaixo, outros nomes que deixaram o 1º escalão do governo Bolsonaro, e quando:
Ricardo Vélez, Ministério da Educação – 8 de abril de 2019
Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez foi demitido em 8 de abril. Vélez enfrentava uma “guerra” no Ministério da Educação provocada por desentendimentos entre assessores. Foi substituído por Abraham Weintraub.
Carlos Alberto dos Santos Cruz, Secretaria de Governo – 13 de junho de 2019
No mês de junho foi a vez do general Carlos Alberto dos Santos Cruz sair da Secretaria de Governo. Foi o primeiro ministro militar a sair do governo. Santos Cruz também tinha várias divergências com Carlos Bolsonaro e era alvo de críticas de Olavo de Carvalho e seus apoiadores. Quem ocupou a vaga no seu lugar foi o general Luiz Eduardo Ramos.
General Floriano Peixoto, Secretária-geral da Presidência – 21 de junho de 2019
O substituto de Bebianno, general Floriano Peixoto, que havia assumido em fevereiro, foi demitido em junho. O motivo da demissão foi uma troca para a presidência dos Correios. Quem assumiu o comando da Secretária-geral da Presidência foi o agora Ministro do TCU, o major da reserva da PM Jorge Antônio de Oliveira Francisco.
Osmar Terra, Ministério da Cidadania – 13 de fevereiro de 2020
Em seguida, ainda no mês de fevereiro, foi a vez de um dos nomes cotados para a substituição de Nelson Teich na Saúde, Osmar Terra. Ele foi demitido do Ministério da Cidadania após uma polêmica que envolvia a contratação de uma empresa suspeita de ser usada como laranja para desviar dinheiro dos cofres públicos. Mesmo tendo sido demitido, Terra continuou tendo boas relações com o presidente. Quem ocupou o cargo foi o então ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni.
Gustavo Canuto Desenvolvimento Regional – 6 de fevereiro de 2020
O ministro Gustavo Canuto foi exonerado do Desenvolvimento Regional em fevereiro, mas foi realocado para a presidência do Dataprev. Canuto foi substituído por Rogério Marinho, secretário Especial do Trabalho e da Previdência.
Luiz Henrique Mandetta, Ministério da Saúde – 16 de abril 2020
Em abril, no meio de uma crise na saúde com a pandemia do coronavírus, o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta foi demitido por Bolsonaro. Uma das principais causas da exoneração de Mandetta foram os vários desentendimentos com o presidente e principalmente por defender o isolamento social. O cargo foi ocupado pelo agora ex-ministro Nelson Teich.
Sérgio Moro, Ministério da Justiça e Segurança Pública – 24 de abril de 2020
Dias depois foi a vez do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, pedir demissão. Moro ficou conhecido pelo trabalho feito na Polícia Federal na Operação Lava Jato e pediu demissão também por divergências com o presidente, que tinha dado total autonomia da pasta ao então ministro, mas quis interferir no comando.
O que levou Moro a pedir demissão foi a exoneração de Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal do Rio de Janeiro por Bolsonaro. Sem acordo, Moro pediu demissão e fez denúncias sobre a tentativa de Bolsonaro interferir politicamente na PF. Quem ocupou o cargo foi o advogado André Luiz Mendonça.
Nelson Teich, Ministério da Saúde – 15 de maio de 2020
Com menos de 30 dias no cargo, Nelson Teich pediu para deixar o Ministério da Saúde. Várias divergências com Bolsonaro levaram Teich a pedir demissão do cargo. Com a saída de Teich, o general da ativa Eduardo Pazuello assumiu a pasta –ainda interinamente– em 15 de maio. Foi efetivado em 16 de setembro, ficando lá até esta 2ª feira (15.mar).
Abraham Weintraub, Ministério da Educação – 18 de junho de 2020
Abraham Weintraub deixou o Ministério da Educação em junho e foi a 12ª mudança no primeiro escalão do governo Bolsonaro. Após deixar a pasta, Weintraub assumiu a diretoria executiva do Banco Mundial, em Washington (EUA). Ele saiu do governo após atritos com STF (Supremo Tribunal Federal).
Carlos Alberto Decotelli, Ministério da Educação – 30 de junho
Sucessor de Abraham Weintraub, Carlos Alberto Decotelli pediu demissão da chefia do Ministério da Educação antes de completar cinco dias no cargo. O professor chegou a ser nomeado, mas deixou o posto antes mesmo de tomar posse. A saída foi motivada por uma série de denúncias sobre informações falsas no currículo dele. O atual ministro da Educação é professor Milton Ribeiro.
Marcelo Álvaro Antônio, Ministério do Turismo – 10 de dezembro de 2020
Marcelo Álvaro Antônio deixou o Ministério do Turismo em 10 de dezembro do ano passado. Para o lugar dele, o presidente Jair Bolsonaro nomeou Gilson Machado Guimarães Neto.
A saída foi oficializada após divergências entre o agora ex-ministro Luiz Eduardo Ramos.
Onyx Lorenzoni, Ministério da Cidadania – 12 de fevereiro de 2021
O presidente Jair Bolsonaro nomeou o deputado federal João Roma (Republicanos-BA) para o cargo de ministro da Cidadania. Onyx Lorenzoni, que ocupava o cargo e que também tem mandato de deputado federal, pelo DEM do Rio Grande do Sul, foi nomeado para a Secretária-geral da Presidência da República.
Eduardo Pazuello, Ministério da Saúde – 15 de março de 2021
Eduardo Pazuello deixou o ministério da saúde no dia 15 de março. O motivo da saída de Pazuello gerou muita especulação, de início informações davam conta de que ele teria pedido para deixar o cargo alegando problemas de saúde, o que foi negado pelo general, que antes de deixar a pasta disse que não tinha pedido para sair.
O cardiologista paraibano Marcelo Queiroga foi o escolhido por Bolsonaro para ser o novo ministro da Saúde. Dessa forma, novamente a pasta tem um médico no comando. Queiroga é o 4º nome a ocupar o ministério –um dos mais importantes do governo.
Ministério das Comunicações
Bolsonaro recriou ainda o Ministério das Comunicações. O presidente iniciou o governo com 22 ministérios, após ter falado em 15 pastas durante a campanha.
Quem assumiu o comando do 23º ministério foi o deputado Fábio Faria (PSD-RN). Para recriar a pasta, Bolsonaro desmembrou o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba