Os reajustes concedidos aprovados pela Câmara dos Deputados, em Brasília, no final da tarde desta quinta-feira (25), não serão incorporados pelo deputado federal paraibano Pedro Cunha Lima (PSDB). O parlamentar vai abrir mão dos benefícios, que incluem aumento nos valores da verba de gabinete, dos recursos destinados para pagamento de aluguel, alimentação e transporte e de passagens aéreas para o cônjuge.
Pedro Cunha Lima anunciou a decisão no Instagram. “Desde já, por circunstância do gabinete do qual faço parte, renuncio em absoluto este aumento”, postou o deputado, aproveitando para informar que já vem reduzindo os custos, a exemplo da quantidade de pessoas que atuam em seu gabinete. “Conto com uma equipe de 10 pessoas (o limite são 25), que formam uma equipe que muito me honra”, revelou.
Para o deputado, o Brasil passa por uma grande crise financeira, com elevação de preços que aumentam o custo de vida de todos os brasileiros. Ele defende que a Câmara deva incentivar a redução de custos no serviço público como um todo, começando com contenções na própria Casa, e não elevando despesas.
Reajustes – O reajuste representará um impacto de R$ 112 milhões neste ano de 2015. A verba de gabinete, destinada ao pagamento dos funcionários, teve um reajuste de 18,01%, passando de R$ 78 mil por mês, para R$ 92 mil.
Já a cota parlamentar, usada para o custeio de passagens aéreas, alimentação, transportes e outros gastos, terá um reajuste de 8%, que representa impacto anual de R$ 16,6 milhões. Também foi autorizado o reajuste do auxílio-moradia, de 11,9% e a inclusão das passagens aéreas para os cônjuges.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), alegou que os reajustes anunciados não representarem aumento efetivo, visto que outras despesas serão reduzidas pela Casa.