Envolto em mais uma polêmica nesta quarta-feira (3), quando foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) de busca e apreensão na sua casa em operação que investiga suposta fraude no cartão de vacinação contra a Covid-19, o ex-presidente Jair Bolsonaro é alvo de oito investigações.
Tais investigações transitam no Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e em primeira instância. O levantamento é do jornal O Globo. Só em abril, quando voltou dos Estados Unidos, o ex-presidente teve que prestar depoimento em duas delas.
Confira a seguir a relação das investigações:
Milícias Digitais
Aberto em 2021 pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, o inquérito das milícias digitais originou-se de um desdobramento de outra investigação, que apurava os atos antidemocráticos. Os ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas são investigados nesse inquérito.
8 de janeiro
Esse inquérito apura supostos organizadores e autores dos atos golpistas que ocorreram na sede dos três poderes em 8 de janeiro deste ano, em Brasília. Bolsonaro foi incluído no inquérito após ter compartilhado no dia 10 de janeiro, um vídeo com acusações contra STF e TSE sem provas. Nesse inquérito o ex-presidente já prestou depoimento e disse que o vídeo foi publicado por engano.
Joias
Este inquérito investiga se o ex-presidente atuou propositalmente para ficar com o conjunto de joias avaliado em R$ 16,5 milhões que foi dado como presente pelo governo da Arábia Saudita.
Apologia ao estupro
Bolsonaro é réu no STF, desde 2016, por incitação ao estupro e injúria, por ter dito que a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) não merecia ser estuprada porque é “muito feia”.
A tramitação da investigação foi interrompida quando Bolsonaro se tornou presidente, mas foi retomada em 2023.
Pandemia
No fim de 2022, a Polícia Federal afirmou ao Supremo Tribunal Federal que Bolsonaro cometeu incitação ao crime, ao estimular as pessoas a não usarem máscaras e associar o uso da vacina contra a Covid-19 com o desenvolvimento de Aids.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o arquivamento do caso, o que ainda não ocorreu.
Vazamento de inquérito
No início do ano passado, a PF afirmou que Bolsonaro cometeu crime de violação de sigilo funcional ao divulgar uma investigação sigilosa da Polícia sobre o ataque hacker ao TSE.
Novamente, a PGR pediu o arquivamento do caso, mas este foi negado por Moraes.
Interferência na Polícia Federal
Bolsonaro também é investigado pelo STF por uma suposta interferência na Polícia Federal, denunciada pelo ex-ministro e atual senador Sergio Moro (União-PR) no momento em que pediu demissão do posto de ministro da Justiça, em 2020.
A PGR também pediu o arquivamento deste inquérito, no entanto, ainda não houve movimentação.
Justiça Eleitoral
A campanha de reeleição de Bolsonaro de 2022 é alvo de 16 ações de investigação judicial eleitoral (Aijes). A principal delas é chamada de ‘Aije dos Embaixadores’, que apura uma reunião em que Bolsonaro fez ataques às urnas eletrônicas em encontro com representantes estrangeiros.
Ela está próxima de ser julgada e pode resultar na inelegibilidade de Bolsonaro.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba