O ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Ricardo Marcelo, avalia um retorno à política. Em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan nesta segunda-feira (24), Ricardo confessou que já recebeu o convite de vários partidos, e que está analisando sua volta ao cenário político, para concorrer ao cargo de deputado federal.
“Eu tenho a pretensão de representar o Brejo, e o Brejo até hoje nunca teve um deputado federal”, declarou. Ele revelou que recebeu convites do MDB, PSD, PSL e Avante.
“Eu fico feliz, e hoje sou cobrado por isso. Onde eu chego, eu passo, eu converso, as pessoas sempre me convocam para que eu volte”, declarou. Perguntado sobre qual resposta dá a esses questionamentos, Ricardo diz que “vai pensar”.
“As coisas são diferentes. São N partidos, e que a gente tem que ponderar, fazer as ponderações necessárias para que a gente, se por acaso vir a voltar, faça uma gestão melhor do que a primeira. É assim que eu tento administrar esse momento”, disse.
Questionado se em uma possível volta, Ricardo faria parte da situação ou da oposição estadual, ele fugiu da resposta e disse que deve avaliar o melhor cenário para que faça um mandato frutífero para a Paraíba.
“Eu tenho que ver a conjuntura, o cenário de querer fazer as coisas ao meu modo. Se eu estou pré-disposto a entrar, eu tenho que ver o lado melhor onde eu possa fazer algo melhor para a Paraíba”, respondeu.
Ricardo participou da ALPB durante quatro mandatos (2013 a 2019), e foi presidente da Assembleia por dois biênios, entre 2011 e 2015.
Eleições para governador em 2022
O ex-deputado fez uma breve análise das eleições para governador em 2022, e na sua visão, o nome do ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), é o melhor para disputar uma vaga para governador representando a oposição.
“Ele saiu bem avaliado na administração, tem um nome muito bom e tem um partido de oposição que pode se posicionar e agregar as oposições”, justificou.
Avaliação da gestão Bolsonaro
Ricardo criticou a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo ele, o governo federal não tem um plano de desenvolvimento definido e não avançou com as reformas prometidas em campanha.
“O governo Bolsonaro entrou para levantar a moralidade do país. Mas vejo de outra forma. Não tem nenhum plano definido de desenvolvimento, não fizeram absolutamente nada na questão de mudança de reformas. A reforma que foi feita foi deixada quase que pronta por Temer. O que eu vejo é que o único operante e que está fazendo alguma por esse país é o Tarcísio de Freitas”, disse, em referência ao ministro da Infraestrutura.
“A parte econômica é morta. A saúde teve esses problemas todos políticos, de desencontro até com a ciência. Eu vejo que nós estamos passando por um momento difícil e que ninguém sabe para onde nós vamos”, finalizou Marcelo.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba